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Paraguai anuncia planos de criar a maior fazenda de mineração de Bitcoin do mundo

A queda de quase 80% no mercado de criptoativos em 2018 parece ter afetado o setor de mineração em diversas maneiras. Enquanto muitas empresas – e indivíduos – fazem “liquidação” de suas máquinas, outros anunciam grandes planos para o setor.

O Paraguai está no segundo grupo. De acordo com o portal de notícias CCN, o país vizinho do Brasil anunciou uma parceria com a Blockchain Technology Foundation (BTF) sobre o estabelecimento de um plano realmente ambicioso: construir a maior fazenda de mineração e exchange de criptoativos de Bitcoin do mundo.

O projeto, intitulado “Golden Goose” (Ganso de Ouro, em tradução livre), contará com cinco lotes de terra distribuídos pelo governo (um total de 50.000 metros quadrados). Com isso, o Golden Goose se intitula detentor do maior projeto mineração de Bitcoin do mundo.

A BTF, também conhecida por Commons Foundation, foi criada na Coreia do Sul. Além dos lotes para a construção da mineradora, a fundação obteve um acordo com o governo para obter eletricidade a preços competitivos por pelo menos cinco anos. O valor do acordo representa uma economia de 80% em relação a qualquer acordo que a fundação pudesse obter em seu país natal.

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A Common Foundation pretende financiar o desenvolvimento do projeto no modelo de oferta inicial de moeda (ICO, na sigla em inglês), porém sob o nome de “oferta inicial de troca”. Aos portadores dos tokens são prometidos 30% dos lucros da mineração e 70% dos lucros diários da exchange. Os pagamentos serão feitos em MicroBitcoin (MBC), uma criptomoeda pouco conhecida no mercado.

“O governo do Paraguai apoiará ativamente o ‘Golden Goose’ e dará incentivos fiscais através de revisões constitucionais”, disse Hugo Velázquez Moreno, vice-presidente do Paraguai.

O Paraguai é um conhecido centro de eletricidade barata na América do Sul. Toda a sua eletricidade é produzida pela Usina Hidrelétrica de Itaipu, que é dividida com o Brasil. Itaipu é a mais significativa usina hidrelétrica do mundo, com uma produção anual de 103 TW. O Paraguai consume apenas 20% da energia a que tem direito – o restante é exportado. Esse excedente de energia é um dos grandes atrativos do país para quem deseja minerar Bitcoin e outras criptomoedas, levando a instalação de diversas mineradoras em sólo paraguaio nos últimos anos.

Um ambiente de energia barata, combinado a um clima razoavelmente favorável para abertura de negócios, tornou o Paraguai um destino bastante atrativo para o mercado de mineração de criptomoedas. A instalação do projeto Golden Goose pode colocar o país em um novo patamar mundial de mineração e contribuir para a descentralização da prática ao criar novos pólos mundiais.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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