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O governo do Irã apreendeu 45 mil máquinas de mineração de Bitcoin. Segundo as autoridades, as máquinas estariam usando de forma ilegal a eletricidade da fornecedora estatal de energia Tavanir.
A notícia veio do Tasmin News Agency em 17 de janeiro. As 45 mil máquinas eram do tipo ASIC, em sua maioria com alto poder de processamento. Todas foram confiscadas.
Os equipamentos consumiam 95 megawatts por hora (Mw/H) de eletricidade. De acordo com o chefe de Tavanir, Mohammad Hassan Motavalizadeh, a energia da estatal é subsidiada pelo governo.
A atividade de mineração de Bitcoin foi legalizada no Irã em 2019. Desde então, muitas empresas e indivíduos têm instalado pools por todo o país. Apenas nos primeiros seis meses, mais de mil licenças foram concedidas.
No entanto, a mineração ilegal também tem prosperado. Apenas em janeiro as autoridades iranianas fecharam 1.620 pools de mineração de criptomoedas ilegais.
Juntos, esses pools consumiram 250 megawatts de eletricidade nos últimos 18 meses, de acordo com uma fonte de notícias diferente.
O consumo ilegal de energia tem contribuído para sobrecarregar a rede do país. Com isso, os apagões recentes nas principais cidades do Irã foram em parte atribuídos à mineração de criptomoedas.
E tanto os apagões quanto as mineradoras ilegais acabaram atraindo a ira de funcionários e político. Ambos já buscaram até uma interrupção temporária na mineração de Bitcoin.
Para o pesquisador de criptomoedas Ziya Sadr, culpar os mineradores não faz sentido. Ele disse ao Washington Post que a atividade não é relevante para a capacidade energética iraniana.
“Os mineradores não têm nada a ver com os apagões. Eles representam apenas uma porcentagem muito pequena da capacidade total de eletricidade do país”, disse.
Em julho do ano passado, o Irã também aprovou uma diretiva de registro para os mineradores. Isso tornou obrigatório revelar ao Ministério da Indústria, Minas e Comércio suas identidades, o tamanho de seus pools e o tipo de equipamento utilizado.
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