O boom do mercado de criptoativos desde 2017 popularizou a sigla ICO. As Ofertas Iniciais de Moedas serviram como uma forma de captação de recursos utilizadas por diversos projetos e empresas de criptoativos nos últimos dois anos.
No entanto, essa popularização também trouxe diversos golpes para esse mercado. Isso acarretou diversas proibições em países como China e Estados Unidos, o que causou um grande impacto no mercado de ICOs. E esse mesmo impacto fez o mercado se reinventar e produzir maneiras mais confiáveis de conduzir essas ofertas.
Atualmente temos, além das ICOs, as STOs (Ofertas de Tokens Securitizados) e IEOs (Ofertas Iniciais de Exchanges). Confira abaixo o que são e quais as principais diferenças entre eles.
A ICO é de longe a mais conhecida. Essa modalidade de financiamento surgiu em 2013, quando uma criptomoeda chamada Mastercoin arrecadou US$5 milhões na primeira ICO da história. Uma ICO consiste na emissão de uma criptomoeda (ou token) por uma empresa, pessoa ou grupo de pessoas. Essa oferta é lançada no mercado e aberta para qualquer investidor que deseje comprar os tokens oferecidos na oferta.
Além disso, os tokens emitidos numa ICO podem ser utilizados para diversos propósitos. Eles podem ser tokens que dão acesso a algum produto ou serviço (utilities). Também podem representar algum ativo real (ouro, bens imóveis ou móveis) ou dar uma participação acionária ao seu detentor (security).
Uma ICO possui um grau de liberdade maior do que uma STO ou IEO, pois qualquer pessoa pode utilizar essa modalidade para financiar sua startup, empresa ou projeto. Entretanto, por ser uma oferta mais aberta ela requer um maior grau de atenção para possíveis golpes ou fraudes.
As Ofertas de Tokens Securitizados (STO) possuem natureza similar às ICOs, porém geralmente são emitidas por empresas. Os tokens securitizados geralmente são tokens que representam uma participação acionária para o seu comprador, por isso costumam ser emitidos por startups ou empresas de menor porte.
A principal vantagem das STOs é permitir que pequenas empresas consigam captar recursos com mais rapidez emitindo representações de ações. Dessa forma, a empresa não precisa passar pelo caro e burocrático processo de abrir capital na bolsa (IPO) logo de cara. Assim, uma STO reduz custos e traz uma maior segurança para o investidor.
As Ofertas Iniciais de Exchanges (IEOs) são uma modalidade de emissão de tokens mais recente do que as anteriores. Numa IEO, os tokens podem ser emitidos por uma exchange que resolveu criar sua própria criptomoeda. Esses tokens geralmente concedem descontos e serviços especiais ao seu detentor, que podem utilizá-los diretamente na plataforma da empresa.
O exemplo mais bem-sucedido de uma IEO é a Binance Coin (BNB), token criado pela exchange Binance e vendido pela própria plataforma da empresa.
Outra forma de IEO é a emissão de criptomoedas de terceiros realizada por meio da plataforma de uma exchange. Se uma pessoa ou empresa resolve lançar uma criptomoeda e faz essa venda por uma exchange em específico, isso se qualifica como uma IEO. Esse tipo de venda possui vantagens significativas: segurança e credibilidade de uma plataforma reconhecida no mercado, acesso a uma base consolidada de clientes e o fim da preocupação com a busca pela primeira exchange para lançar a criptomoeda pós-ICO.
Leia também: Adoção de serviços financeiros descentralizados apresenta crescimento desde 2018
This website uses cookies.