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Novo relatório retrata o impacto ambiental da mineração de criptomoedas

Um relatório publicado nesta semana afirma que a mineração de US$1 em Bitcoin requer mais eletricidade do que a mineração de quase qualquer material tradicionalmente escavado na terra. Os autores afirmam que entre três milhões e 15 milhões de toneladas de emissões de carbono foram causadas pelo setor nos últimos dois anos.

De acordo com uma pesquisa conduzida pela Nature Sustainability, uma revista britânica, é preciso mais energia para criar um único dólar em BTC do que para minerar o mesmo valor de metais preciosos, metais de terras raras, ouro ou cobre.

De fato, o relatório menciona o alumínio como o único que que necessita de mais energia que o Bitcoin.

O relatório, intitulado “Quantificação de energia e custos de carbono para mineração de criptomoedas”, foi escrito por Max Krause e Thabet Tolaymat. Ambos contribuintes trabalham na Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês). No entanto, eles afirmam que foi concluído de forma totalmente independente e sem financiamento da organização.

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Não foi apenas o recurso digital mais popular que os autores testaram as credenciais verdes, no entanto. De acordo com o relatório, a energia necessária para criar US$1 em três outras grandes criptomoedas foi comparada entre si. Verificou-se que Bitcoin e Monero são as redes mais famintas por energia. Estes exigiram 17 e 14 megajoules (MJ) respectivamente. Enquanto isso, necessitando cerca de metade desse número estão Litecoin e Ethereum.

Os mesmos dados foram então apresentados para diferentes materiais que requerem “mineração”. Metais raros – neodímio, cério, etc -, metais preciosos, ouro e cobre exigiram menos energia para serem produzidos do que Bitcoin ou Monero em nove, sete, cinco, e quatro MJ respectivamente.

Todos esses números são médias para o período de dois anos e meio entre janeiro de 2016 e junho de 2018. Krause e Tolaymat afirmam que as quatro blockchains incluídas no relatório são responsáveis ​​por entre três milhões e 15 milhões de toneladas de emissões de carbono no mesmo intervalo de tempo.

No entanto, o relatório negligencia o fato de que muita coisa mudou nas criptomoedas ao longo desse período. Possivelmente, o mais importante é que a mineração está se espalhando rapidamente para fora da China. Com os operadores de plataformas de mineração buscando a energia mais barata possível, muitos se instalaram no Canadá graças a seus abundantes recursos hidroelétricos ou à Islândia com sua energia geotérmica.

Uma operação de mineração verde operando com o excedente de hidroeletricidade quase não tem impacto sobre o meio ambiente, enquanto um depósito cheio de plataformas que sugam energia gerada por combustível fóssil direto da rede chinesa é obviamente menos sustentável.

Krause falou com o BuzzFeed.News sobre algumas das outras deficiências do relatório. Ele disse que, apesar de ambos serem minerados, moedas digitais e metais físicos não são “substitutos funcionais”, o que significa que as comparações sempre serão problemáticas. Ele disse que o objetivo do relatório autofinanciado é criar conscientização sobre o impacto que as moedas digitais poderiam ter sobre o meio ambiente, em vez de fazer uma comparação profunda entre os dois ativos “minerados”.

O autor também reconheceu que o impacto ambiental de um Bitcoin, uma vez criado, é muito menor do que o de um metal físico que precisa moldar, transportar e armazenar de maneiras que simplesmente não são necessárias para um ativo intangível como o Bitcoin.

As vozes de protesto contra o Bitcoin e outras criptomoedas em bases estritamente ambientais parecem estar aumentando ultimamente.

No final do mês passado, um estudo publicado pela Nature Climate Change alertou que transações com Bitcoins poderiam exigir que a temperatura global ultrapassasse o limite de 2 graus estabelecido no Acordo Climático de Paris.

No entanto, todas as tecnologias transformadoras começam como irremediavelmente ineficientes. Se eles provarem sua utilidade para a sociedade, então se tornará uma corrida em direção à eficiência. Nós já vemos isso ocorrendo hoje, pois os fabricantes de chips mineração se esforçam para criar unidades que necessitam menos energia e as operadoras buscam energia mais barata e renovável.

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Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.

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