O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos poderá ter mais poderes de supervisão sobre o mercado de criptoativos caso a proposta de orçamento do presidente Donald Trump para o ano fiscal de 2021 seja aprovada.
Enviado pela Casa Branca na segunda-feira, 10 de fevereiro, o orçamento de US$4,8 trilhões tenta levar o controle do Serviço Secreto de volta ao Tesouro, com o objetivo de combater crimes relacionados a criptoativos, como lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. O Serviço Secreto, criado em 1865 para proteger presidentes e combater a falsificação de moeda, era originalmente controlado pelo Tesouro, mas foi transferido para o Departamento de Segurança Interna em 2003.
“Os avanços tecnológicos nas últimas décadas, como criptoativos e a crescente interconexão do mercado financeiro internacional, resultaram em organizações criminosas mais complexas e revelaram vínculos mais fortes entre crimes financeiros e eletrônicos e o financiamento de terroristas e atores estatais desonestos. O Orçamento propõe a devolução do Serviço Secreto dos EUA ao Departamento do Tesouro para criar novas eficiências na investigação desses crimes e preparar a Nação para enfrentar as ameaças de amanhã”, diz a proposta.
É improvável que a proposta seja aprovada no Congresso, mas ela revela as prioridades políticas do governo Trump. O orçamento “prioriza o papel do Tesouro na promoção de uma economia forte nos Estados Unidos, garantindo estabilidade financeira no exterior, fortalecendo a segurança nacional e gerenciando efetivamente os recursos dos contribuintes”, afirmou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, em um comunicado separado publicado também na segunda-feira.
Mnuchin tem defendido que criminosos e outros maus atores sejam retirados do mercado. “Não queremos atores ruins usando criptomoeda. Essa é a nossa questão número um”, afirmou o secretário, acrescentando que é uma“ questão de segurança nacional ”.
Ele também disse que são necessárias regras “muito, muito fortes” para garantir que o Bitcoin e as criptomoedas não se tornem contas bancárias suíças anônimas”, o que, na visão dele, representa “um risco para o sistema financeiro”.
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