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Nova proposta de ETF unirá Bitcoin e instrumentos de dívidas soberanas

A empresa Reality Shares ETF Trust – uma unidade da fintech Blockforce Capital, empresa com foco em criptoativos – apresentou uma proposta para um fundo negociado em bolsa (ETF) que investiria em uma carteira que inclui tanto instrumentos de dívida soberana quanto futuros de Bitcoin (BTC). O registro do pedido de ETF foi submetido à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), em 11 de fevereiro.

Os ETFs são títulos negociados em bolsa que seguem uma cesta de ativos proporcionalmente representados nas cotas do fundo. Para os investidores de criptoativos, eles são vistos como um “santo graal” potencial que anunciaria a adoção generalizada das criptomoedas como um instrumento de investimento regulado, atraindo grandes investidores para o mercado.

Segundo a agência de notícias Cointelegraph, o fundo, que será listado na bolsa de Nova York, foi projetado para “proporcionar exposição ao investimento em moedas globais, tanto fiduciárias quanto criptomoedas, que foram amplamente adotadas para uso (por exemplo, como reserva de valor, instrumentos de remessas internacionais, comércio de câmbio) em todo o mundo”.

Em relação aos futuros de Bitcoin, o fundo investirá inicialmente por meio de uma subsidiária integral localizada nas Ilhas Cayman. Os contratos adquiridos serão aqueles atualmente negociados na bolsa de futuros de Chicago (Cboe) e na Chicago Mercantile Exchange (CME).

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O pedido informa que as posições futuras na Cboe e CME serão, assim, avaliadas “pelos seus respectivos valores de liquidação financeira futura, conforme publicado no […] fechamento de cada dia de negociação”. Também propõe que o fundo possa evoluir para investir em contratos futuros que possam ser negociados em outras bolsas, mas enfatiza que o fundo “não investirá diretamente em Bitcoin”.

O registro acrescenta:

“O Fundo pode ganhar a maior parte de sua exposição ao futuros de Bitcoin através de seu investimento na Subsidiária, que investe nos contratos. Na medida em que o Fundo investe diretamente em tais instrumentos, procurará restringir o seu rendimento de tais instrumentos a um máximo de 10% do seu rendimento bruto […] para cumprir certos testes de qualificação necessários para que o Fundo se qualifique como uma empresa de investimentos regulamentada.”

Carteira mista

Além dos futuros de Bitcoin, o fundo proposto também alocará recursos em instrumentos de dívida soberana de curto prazo e alta qualidade, mais tradicionais, listados para negociação nas bolsas norte-americanas e denominados em dólares dos EUA, euros, libras esterlinas, ienes japoneses e francos suíços. De acordo com o pedido, a maior parte dos recursos do fundo será alocada nesses produtos.

Como relatado anteriormente, o pedido de ETF enviado pela VanEck e a empresa de serviços financeiros SolidX foi novamente listado junto à SEC depois de ter sido retirado por causa da paralisação do governo dos EUA, ocorrida entre dezembro de 2018 e janeiro desse ano.

A jornada de busca pela aprovação de um ETF aguarda a aprovação da SEC – recentemente, um dos comissários do órgão afirmou que “a aprovação de um ETF é inevitável“, mas não estipulou uma data exata para a aprovação desse pedido, tampouco sobre qual empresa tem mais chances de obtê-lo. Enquanto isso, a corrida segue em ritmo frenético.

Leia também: Cboe reenvia proposta de ETF de Bitcoin para aprovação da SEC

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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