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NFT Ordinals ocuparam metade do espaço em blocos de Bitcoin minerados em um dia

Os tokens não fungíveis (NFTs) se tornaram extremamente populares no ciclo de alta do mercado cripto em 2020 – 2021 e, embora a tendência tenha esfriado em 2022, o lançamento dos NFTs Ordinals diretamente na blockchain do Bitcoin (BTC) vem causando barulho no mercado.

De acordo com dados on-chain, os NFTs Ordinals têm ocupado metade do espaço dos blocos de bitcoin minados por dia. Isso significa que a quantidade de transações envolvendo estes NFTs está aumentando rapidamente.

Pierre Rochard vice-presidente de pesquisa da empresa de mineração Bitcoin Riot Platforms, compartilhou dados mostrando a ocupação do espaço de inscrição do Ordinals e, de acordo com os dados, a ocupação só tem registrado alta desde a implementação da solução.

Além disso, segundo os dados de Rochard, a taxa de utilização dos blocos de Bitcoin está quase no máximo. A taxa chegou inclusive a registrar a marca de 100% em 31 de janeiro e 6 de fevereiro, embora também tenha ficado próximo nos outros dias.

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NFTs no Bitcoin

Além disso, dados do ycharts.com, revelam que o tamanho médio dos blocos de Bitcoin passou de 0,9 MB em 30 de janeiro para 2,1 MB sete dias depois, quando o Ordinals ganhou corpo.

Da mesma forma, as taxas médias de transação também aumentaram desde o final de janeiro até o momento. Esses pagamentos aos mineradores passaram de US$ 0,76 para US$ 1,69. Isso significa que, em geral, era preciso pagar mais para que as transações fossem confirmadas.

A criação de NFT Ordinals em Bitcoin é possível para qualquer pessoa com a OrdinalsBot, cuja versão de teste foi lançada em 6 de fevereiro. Com ele, o usuário só precisa fazer upload de uma imagem e pagar as comissões da rede para poder registrá-la para sempre no blockchain do Bitcoin.

O uso em massa de Ordinais pode se traduzir em um uso maior de Bitcoin para hospedar esses NFTs. Uma parte dos usuários da rede afirma que esse não é seu objetivo original e que é perigoso para o Bitcoin se encher de dados “lixo”, como imagens pornográficas que já foram carregadas e ficarão armazenadas lá para sempre.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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