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NegocieCoins negocia quase 1 milhão de Bitcoins no Brasil

A exchange brasileira NegocieCoins, empresa do Grupo Bitcoin Banco (GBB), superou todas as plataformas de negociação de criptomoedas do mundo e tornou-se, por algumas horas, a maior exchange do mundo em volume de Bitcoins negociados, somando mais de 989 mil BTCs de volume em menos de 24h, conforme mostram dados de algumas ferramentas que monitoram o mercado.

Segundo dados da CoinMarketCap e da Cointrademonitor, a “ascensão” da NegocieCoins como top 1 do mundo se deu pouco tempo antes da notícia sobre a Bitfinex e a Tether, que derrubou o preço do Bitcoin em todo o mundo e elevou o volume de negociação da OKEX e da Binance acima de 1 milhão de Bitcoins.

 

Heloísa Ceni, vice-presidente da CLO Investimentos, controladora do GBB, conversou com exclusividade com o CriptoFácil sobre este feito:

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“Assumir o primeiro lugar no ranking mundial é algo que ouço desde os primeiros meses da compra da NegocieCoins pelo nosso presidente Claudio Oliveira. Naquela época esse objetivo soava para mim como um projeto um pouco ‘megalomaníaco’, porém, com o passar do tempo vi que não ha limite para crescimento nesse mercado.

A conquista desse resultado não foi fácil, pois sofremos entraves de todas as maneiras: limitação do mercado financeiro tradicional, mão de obra especializada escassa, infraestrutura, etc. Dia após dia criamos algo novo, adquirirmos ou criamos alguma empresa, superamos nossas próprias expectativas que já são enormes.

Portanto, essa posição conquistada hoje não nos surpreende pois os colaboradores do GBB estão sendo conduzidos e treinados para ocupar esse lugar já há algum tempo.

Agora teremos o árduo trabalho no GBB de mantermos essa posição, continuar expandido, sustentar a excelência de atendimento, e ainda trazer o pódio para as outras empresas do grupo.”

Volume real ou não?

 

No entanto, apesar da liderança global, o volume negociado na plataforma brasileira é diariamente criticado em diversos canais nas redes sociais e divide opiniões entre a comunidade de Bitcoin nacional. De um lado, internautas criticam a empresa e acusam o GBB de manipular os dados e inflar o volume que, segundo eles, não seria nem na casa das centenas e para provar suas afirmações oferecem endereços de carteiras que – teoricamente – pertenceriam ao grupo.

 

Na outra ponta, traders e vendedores P2P declaram que nunca tiveram problemas em executar (e sacar) ordens grandes na plataforma. Devido ao “dilema”, um trader – que preferiu não ser identificado – revelou ao CriptoFácil que já executou ordens acima de 1 mil BTC na plataforma sem dificuldades e que retirou os recursos da mesma forma e sem nenhum inconveniente.

Existem ainda usuários que realizam o processo de arbitragem entre as três exchanges do GBB: NegocieCoins, TemBTC e BatExchange. Um importante player do mercado que pediu anonimato, por questões de segurança, conversou com o CriptoFácil sobre as operações que ele realiza diariamente:

“Eu estou operando atualmente com cerca de 150 Bitcoins nas exchanges do GBB. Eu chamo o processo de comprar e vender em todas de ‘ciclo’. Eu tenho feito – ao menos – 10 ’ciclos’ por dia. Portanto, só eu represento cerca de 1.500 Bitcoins de volume. Volume de Bitcoins não precisa ser de Bitcoins únicos.”

Em busca de responder as acusações e elucidar suas operações, o presidente do grupo Cláudio Oliveira convidou importantes players do mercado para um jantar durante a BitConf que acontecerá no início de maio em São Paulo. A proposta foi feita em um grupo do CoinTradeMonitor que conta com representantes das maiores exchanges do Brasil, além de players do mercado.

Posição da NegocieCoins

 

Em uma reportagem do CriptoFácil, a empresa refutou as acusações de volume falso e destacou que é a única plataforma do Brasil que possui transparência nas ordens executadas com um modelo de hash que permite comprovar as transações feitas em criptomoedas,

“As acusações relacionadas ao volume da NegocieCoins são antigas e estão aí desde 2018, partindo principalmente do responsável por um site de consultas de valores de criptomoedas, que hoje está desatualizado e conta com menos da metade das exchanges brasileiras. Naquele momento [em 2018], não era possível usar API de trade tanto interna como externamente. Todo volume negociado na exchange era oriundo do valor movimentado por grandes players do mercado e negócios efetuados pelas diversas empresas que compõem o grupo Bitcoin Banco, que tem como um de seus objetivos difundir o uso das criptomoedas”, explica Brunno Ramos.

 

Leia também: NegocieCoins responde acusações sobre volume falso

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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