Como parte dos desdobramentos da Operação Egypto, que prendeu pessoas ligadas à suposta pirâmide financeira Indeal, a Justiça Federal abriu investigação para apurar o envolvimento de 15 pessoas ligadas ao caso. Os suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público Federal e são acusados de operar diversos crimes, entre eles, a oferta ilegal de valores mobiliários.
Segundo reportagens, a Indeal não tinha autorização para operar no Brasil e, a partir de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, oferecia supostos investimentos com Bitcoin e criptomoedas que foram considerados ilegais pelos reguladores. Após a prisão de 10 pessoas que possuíam ligação com a empresa, o MPF entregou uma denúncia à Justiça Federal do Rio Grande do Sul. As denúncias estão sendo analisadas na 7ª Vara Federal de Porto Alegre e não há prazo para conclusão dos trabalhos.
Entre os crimes pelos quais os supostos operadores da Indeal estão sendo acusados, estão os de organização criminosa, evasão de divisas, gestão fraudulenta de instituição financeira e sem autorização legal, entre outros. A Operação Egypto foi deflagrada pela Polícia Federal e pela Receita Federal em maio e já cumpriu mandados de prisão em diversos Estados.
Recentemente, uma manifestação de clientes da Indeal em frente a sede do Ministério Público Federal (MPF), em Porto Alegre, na última sexta-feira, 26 de julho, não sensibilizou membros do órgão. Os clientes da empresa tinham a intenção de pressionar o MPF e a Justiça Federal, onde o caso tramita desde maio, a liberar o dinheiro bloqueado das contas da empresa e dos sócios, para que possam reaver o valor aplicado.
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Com cartazes demonstrando apoio à Indeal e com gritos de ordem, um pequeno grupo se aglomerou em frente ao MPF para chamar a atenção dos procuradores e forçar uma audiência para discutir a questão. Contudo, eles não foram recebidos. Os manifestantes reivindicam maior celeridade ao processo, para que consigam recuperar o quanto antes o dinheiro que aplicaram.
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