Mineração: em busca de novas fronteiras para manter a descentralização

As atividades de mineração de Bitcoin e de outras criptomoedas não podem ser realizadas em casa, por meio de um computador comum ou mesmo com uma simples GPU. Mesmo após hard forks, debates e promessas de algumas moedas digitais de “trazer” de volta a mineração para os computadores comuns e “descentralizar” o poder dos pools de mineração, até o momento isso ainda não aconteceu.

O que temos visto, pelo contrário, são grandes conglomerados migrando para o negócio de mineração de criptomoedas, como por exemplo o caso um tanto quanto controverso da Kodak e da Venezuela, que antes perseguia os mineradores e agora lançou até uma escola para ensinar como minerar moedas digitais. Entre essas e outras, cada vez que mais máquinas são conectadas, mais a dificuldade de minerar aumenta e mais energia é consumida.

A energia tem se tornando cada vez mais uma questão crucial para os mineradores, principalmente depois que a China mostrou-se não tão amigável na concessão de energia para as atividades de mineração em seu país. Com isso, surgiu a necessidade de buscar outras regiões para viabilizar a mineração de criptomoedas, e uma das nações que tem atraído a atenção é o Canadá.

O país da América do Norte possui características fundamentais necessárias para as atividades de mineração: o clima frio e a eletricidade barata, duas das principais condições para gerir um negócio lucrativo de mineração. Ao contrário da maioria dos outros países, o Canadá tem uma abundância relativa de eletricidade barata e como esta energia não é usada, faz sentido para os mineradores de Bitcoin explorar novas oportunidades neste país.

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De acordo um artigo publicado pelo News BTC, site especializado no universo cripto, várias empresas, mesmo com a volatilidade de preço do Bitcoin, estão buscando iniciar suas operações no Canadá, entre elas a DMG Blockchain Solutions, que já anunciou possuir em suas instalações nada menos do que uma potência total de até 85 megawatts.

“Acreditamos que esta nova instalação não será apenas uma das maiores da América do Norte em termos de capacidade de energia elétrica, mas também empregará tecnologias comprovadas para melhorar a eficiência da mineração. O apoio coletivo do governo local, contratos especializados, entre outros fatores, ajudaram muito a acelerar esse grande projeto”, frisou Sheldon Bennett, COO da DMG.

Para muitas pessoas, a mineração de Bitcoin parece ser um desperdício monumental de eletricidade, mas é certo que este “desperdício” pode ajudar a criar novos emprego, visto que a maioria das operações profissionais empregam muitos trabalhadores, gerando empregos que outrora não existiam. Além disso, os empregos não estão somente nas fazendas, mas também nas empresas desenvolvedoras de hardwares, como a NVidia e a AMD, entre outros. Uma nova cadeia de empregos está sendo criada junto com o processo de mineração.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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