Mineração de criptomoedas atrapalha comunicação com Extraterrestres

De acordo com um artigo publicado pela BBC, agência de notícias do Reino Unido, os pesquisadores do Centro de Pesquisa de Inteligência Extraterrestre (SETI, na sigla em inglês) identificaram que a grande demanda da mineração por GPUs tem feito com que os hardwares fiquem cada vez mais escassos no mercado, dificultando a vida daqueles que também necessitam das placas para outros fins, como os rádios-astronômicos.

“Na SETI buscamos mapear todo os canais de frequência, afinal não sabemos em quais deles os extraterrestres estão transmitindo, por isso temos que procurar sempre sinais diferentes, seja no AM ou no FM”, explicou o Dr. Werthimer, cientista-chefe do centro de pesquisa localizado em Berkeley, na Califórnia, EUA.

O processamento das GPUs é essencial neste processo de captar as frequências que foram lançadas em nosso sistema solar de outro lugar do universo, muitas vezes de fenômenos naturais, como as estrelas em colapso. Segundo o Dr. Werthimer, telescópios como os da SETI de Berkeley têm cerca de 100 GPUs criando dados de grandes redes de audição.

Atualmente, os cientistas da SETI estão tentando melhorar sua capacidade de analisar tais dados em dois observatórios, o Green Bank, na Virgínia Ocidental e o Parkes, na Austrália. Eles conseguiram arrecadar o dinheiro para a expansão, mas quando foram comprar as placas se depararam com a falta delas no mercado ou com o preço inflacionado. “Isso está limitando nossa busca por extraterrestres, dificultando as respostas para as perguntas: estamos sozinhos? Existe alguém lá fora?”, disse o Dr. Werthimer.

Os fabricantes de GPU NVidia e AMD também enfrentam críticas de outros setores, como o de games, que também tem encontrado dificuldades para aquisição de placas. A Nvidia, por exemplo, está restringindo a venda de sua nova placa, a NVidia Titan V, a duas unidades por pessoa, suficiente para o gamers mas insuficiente para os mineradores que utilizam, em média, 6 placas por Rig.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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