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Microsoft proíbe anúncios de criptomoedas no Bing

Não é novidade que grandes plataformas de busca – assim como as redes sociais – estão intensificando o combate a qualquer forma de publicidade que envolva criptoativos. O Google, o Facebook e o Twitter já adotaram medidas semelhantes e agora, chegou a vez da Microsoft.

Em um anúncio feito ao portal de notícias internacional Investing, a gigante do setor de softwares afirmou que irá proibir os anúncios sobre criptoativos em sua plataforma de busca online, o Bing. A proibição terá início a partir de julho e englobará “anúncios sobre criptomoedas e similares, além de ofertas de opções binárias que não sejam regulamentadas”.

Segundo a gerência de políticas de anunciantes da empresa, os motivos para a proibição dos anúncios são semelhantes aos apresentados por diversas outras companhias: falta de regulamentação adequada e altos riscos apresentados pelo mercado.

“Uma vez que as criptomoedas e os produtos relacionados não são regulados, descobrimos que elas apresentam um risco potencialmente elevado para nossos usuários, com o adicional de agentes mal-intencionados que possam assumir comportamentos predatórios ou enganar os consumidores”, disse Melissa Alsoszatai-Petheo, gerente da política de anunciantes da Microsoft.

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“Para ajudar a proteger nossos usuários contra esse risco, tomamos a decisão de proibir a publicidade.”

Os movimentos rumo às restrições de propagandas ganharam força em 2018. O Facebook (NASDAQ: FB) introduziu uma proibição semelhante em janeiro. Na rede social, anúncios são proibidos de “promover produtos e serviços financeiros que são frequentemente associados a práticas promocionais enganosas, como opções binárias, ofertas iniciais de moedas ou criptomoedas em geral”, disse a empresa em janeiro.

O Google também anunciou um movimento semelhante em março. Seu mecanismo de busca na internet, o Google Chrome, removeu a maioria das extensões com scripts de mineração de sua loja de aplicativos on-line oficial, o Google Play. Essas extensões costumavam ser usadas por vários sites como forma de financiamento.

“Até agora, a política da Chrome Web Store permitia a mineração com criptomoedas em extensões, desde que fosse o propósito da extensão e o usuário da máquina estivesse informado sobre o comportamento da mineração. Infelizmente, aproximadamente 90% de todas as extensões com scripts de mineração não estão em conformidade com essas políticas”, disse o Google.

Embora muitas pessoas tenham especulado que a recente queda de preço do Bitcoin tenha sido causada pela decisão da Microsoft, é pouco provável que o impacto da decisão tenha sido tão forte. Uma vez que o Bing responde por cerca de 20% do mercado e pesquisas, o impacto pode ser considerado limitado nesse caso – embora, naturalmente, seja mais uma tentativa de bloqueio ao mercado de criptoativos.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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