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Medo do preço do Bitcoin e Ether aumenta no Brasil e no México, revela pesquisa

Os investidores das maiores economias da América Latina aumentaram seus receios com o futuro das criptomoedas. É o que revela a pesquisa Relatório de Clima Emocional (RCE), publicada pela empresa de relações-públicas LatAm Intersect PR.

A pesquisa avaliou os sentimentos de brasileiros e mexicanos em relação ao desempenho do Bitcoin (BTC) e da Ether (ETH). Os resultados mostram que apesar do medo predominar em ambos os países, os cidadãos.

O levantamento foi realizado através da Internet e levou em conta os sentimentos dos internautas com o mercado. A pesquisa é mensal e avaliou os sentimentos dos usuários entre os dias 1 e 31 de maio. Dessa forma, a escala da pesquisa abarca oito sentimentos:

  • Antecipação;
  • Medo;
  • Raiva;
  • Felicidade;
  • Inveja;
  • Tristeza;
  • Solidão;
  • Surpresa;

Bitcoin no Brasil

Em primeiro lugar, o levantamento avaliou os sentimentos do usuário brasileiro da web em relação ao BTC. Na primeira parte de maio, a “antecipação” vencia o “medo” como as duas emoções predominantes na primeira parte do mês.

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No entanto, um grande pico de “raiva” ocorreu em 10 de maio. Foi neste período que o BTC perdeu 10% de seu valor na segunda-feira (9), atingindo seu preço mais baixo desde julho de 2021. 

“Observando a média de notícias de sete dias de emoções associadas à cobertura da mídia brasileira, podemos ver o ‘medo’ aumentando acentuadamente em 10 de maio e atingindo o pico em 11 de maio, presumivelmente em resposta à mesma queda em 10 de maio. Isto foi seguido por um grande pico de “antecipação” em 16 de maio e novamente em 27 de maio”, diz a pesquisa.

Neste período, várias notícias contribuíram para aumentar os temores e ansiedades do mercado. Por exemplo, as dificuldades do BTC em recuperar o seu preço. Mas outras notícias graves questionaram até a viabilidade da rede de pagamentos.

Por outro lado, houve notícias positivas neste período, como a reunião de representantes de 44 países diferentes em El Salvador. Os países planejavam seguir os passos da nação da América Central e adotar o BTC como moeda legal. Antes disso, a República Centro-Africana adotou o BTC como moeda oficial, em abril.

Medo predomina entre os mexicanos

No caso dos mexicanos, os dados refletiram uma maior estabilidade dos sentimentos em geral. Mas a emoção predominante entre o público foi o “medo”, que se manteve estável durante todo o mês de maio.

Houve um ligeiro aumento de ‘medo’ em 16 de maio, talvez relacionado a alguma cobertura negativa de alguns dos maiores jornais mexicanos.

Nesse sentido, a mídia mexicana produziu diversas notícias negativas sobre o BTC. Nem mesmo os anúncios sobre o peso digital reduziram o sentimento de pessimismo no país.

“Ao mesmo tempo, houve também um pico de “surpresa” em 9 de maio sem dúvida nenhuma, relacionado à queda, e uma pequena onda de “felicidade” em 17 de maio (figura 3.). Poderia isso estar relacionado a um artigo de opinião tranquilizador publicado pelo CEO da exchange Bitso, na revista Forbes do México?”, questionou a pesquisa.

Ether no Brasil

Entre os usuários da web do Brasil, as emoções predominantes ao redor da ETH foram de ‘medo’ seguido de ‘antecipação’. Houveram com dois picos significativos onde a ‘antecipação’ subitamente superou o ‘medo’ e em seguida despencou.

O primeiro pico de ‘antecipação’ também ocorreu em 10 de maio, quando todas as criptomoedas foram afetadas por uma grande queda no valor de mercado, embora o Ethereum tenha experimentado uma queda de preço maior um dia depois, em 11 de maio. 

Por outro lado, o pico final de ‘antecipação’ e queda de ‘medo’ ocorreu em 30 de maio e provavelmente seguiu uma pequena alta do mercado nessa data. Entre os meios de comunicação brasileiros, a ‘antecipação’ foi a emoção dominante no início do mês, mas caiu rapidamente após um pico menor de ‘surpresa’.

Em seguida, houve um enorme aumento de ‘medo’, que atingiu o pico em 15 de maio. A sequência de medo aumentou conforme os riscos de protocolos centralizados contagiaram a ETH. Embora não haja relação entre ambos, as notícias repercutiram de forma negativa.

A ‘surpresa’ vista em 20 de maio, quando o cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, disse que deixou de ser bilionário após a queda do mercado. 

Solidão e surpresa no México

No dia 10 de maio, os internautas mexicanos registraram o mesmo pico do público brasileiro, mas com emoções um pouco diferentes. Em vez da “antecipação” sentida pelo público brasileiro, no México, o 10 de maio viu grandes picos de “surpresa” e “solidão”.

Como resultado, o mercado registrou quedas correspondentes em “felicidade” e “medo”. Ou seja, os usuários mexicanos não registraram tanto pessimismo com a ETH.

Em contrapartida, o medo predominou em maio na imprensa mexicana, atingindo um pico em 3 de maio e permanecendo lá. Novamente, o medo estaria relacionado com notícias negativas a respeito da rede e de seus protocolos.

“A maneira como a mídia informa sobre diferentes criptomoedas em dois dos maiores mercados da América do Sul obviamente tem um grande efeito sobre os sentimentos do público. Por exemplo, a mídia mexicana consistentemente fornece leituras de ‘medo’ em torno de suas reportagens, e isso se traduz em níveis maiores de ‘medo’ registrados entre o público. Podemos ver como a mídia brasileira tende a conter mais ‘antecipação’ ao falar sobre criptomoedas, bem como uma grande dose de ‘medo’, mas que isso produz mais variação entre as emoções do público”, disse Roger Darashah, cofundador da LatAm Intersect PR.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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