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Mais de 1 milhão de pessoas já negociaram criptomoedas no Brasil

O mercado brasileiro pode não ser um dos mais representativos para o comércio mundial de criptomoedas. Enquanto todas as exchanges brasileiras juntas negociam algo em torno de 5 mil Bitcoins por dia, a Binance, exchange internacional, negocia cerca de 141 mil bitcoins em 24h. Entretanto, a quantidade de pessoas que já negociaram criptomoedas no Brasil passa de 1 milhão e supera em mais de 400 mil o número de investidores cadastrados na B3, a Bolsa de Valores do país.

Somente a exchange Mercado Bitcoin, que, de acordo com dados do bitValor, atualmente disputa com a BitcoinTrade o maior volume de negociações do Brasil, afirma possuir mais de 1 milhão de clientes cadastrados e, no ano passado, os acesso ao portal da exchange superou a quantidade de acessos da XP Investimentos, principal corretora de investimentos tradicionais do país.

Na visão de Diego Velasques, CEO da e-Juno, presente em recente evento organizado pelo jornal Valor Econômico, o perfil e as características das criptomoedas fazem sentido para uma nova geração de investidores.

“A maioria dos investidores de criptomoedas está na faixa etária entre 18 e 30 anos, são pessoas que estão buscando novas tecnologias e novos investimentos sobre o qual tenham total controle”, ponderou.

Conforme o especialista, para esses interessados, existe muito apelo na descentralização e na desintermediação inerente às moedas virtuais. “Os mais jovens querem um investimento que não dependa, por exemplo, do presidente de uma empresa ou de um governo” para ter retorno. “É uma descentralização do poder financeiro” completa Velasques.

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No entanto, apesar da adoção das criptomoedas ter avançado entre os investidores, o mesmo não tem acontecido com comerciantes, que enfrentam ainda dificuldades na aceitação das criptomoedas como forma de pagamento, como avalia Oliver Cunningham, sócio da KPMG, uma das maiores empresas de auditoria do mundo.

Segundo Cunningham, já existem atualmente 200 mil varejistas globalmente que aceitam criptomoedas como pagamento. Para ele, apesar dessa disseminação, o uso do Bitcoin e outras criptomoedas como forma de pagamento envolve riscos significativos.

“É um problema aceitar uma criptomoeda, porque, por exemplo, se tiver de repor o estoque em moeda local está sujeito à operação de câmbio, além de adicionar níveis de complexidade à transação”, salienta Oliver. “A criptomoeda tem agilidade, é fácil de se portar e pode ser subdividida. Ou seja, tem todas as características para funcionar em lugares remotos, onde os bancos não chegam, e o Brasil tem uma grande parte da população desbancarizada”, afirmou.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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