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Maior banco da Rússia recebe licença para emitir criptomoedas

Em meio à guerra com a Ucrânia, a Rússia vem avançando para viabilizar o uso de criptomoedas no país, como forma de contornar as sanções impostas contra o setor financeiro russo.

Nesta quinta-feira (17), o banco central russo concedeu a um dos maiores bancos do país, o Sberbank, uma licença para emitir e trocar criptomoedas.

Conforme informou a Reuters, a medida pode abrir novas oportunidades para o banco, que busca atenuar o efeito das sanções ocidentais. 

O Sberbank é uma das muitas instituições do país que são alvo de reguladores dos Estados Unidos e da União Europeia.

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No início do conflito, o banco sofreu uma onda massiva de saques de recursos de seus clientes. Como resultado, o banco ficou sem liquidez.

Agora, o Sberbank foi listado no registro do banco central – juntamente com o ecossistema financeiro Lighthouse – que dará às duas empresas a capacidade de emitir ativos digitais e trocá-los em suas plataformas.

Uso de criptomoedas na Rússia

No início de fevereiro, a plataforma Blockchain Atomyze Russia se tornou a primeira empresa a receber autorização para trocar ativos digitais legalmente no país.

Vale destacar que, antes destas liberações, as autoridades russas manifestaram preocupação com os criptoativos. Em determinada ocasião, chegaram a defender uma proibição completa de negociação e mineração de moedas digitais.

Contudo, parece que o contexto do conflito russo-ucraniano e as sanções resultantes mudaram isso.

Conforme noticiado pelo CriptoFácil, recentemente o deputado da Duma do Estado (parlamento russo), Alexander Yakubovsky, afirmou que o país pode até mesmo lançar suas próprias exchanges para negociar criptomoedas.

Mas os russos já estão fazendo isso. A empresa de blockchain Elliptic identificou mais de 400 plataformas de ativos digitais onde criptoativos podem ser comprados com rublos.

Além disso, a Elliptic vinculou vários milhões de endereços de criptoativos a esses negócios. De acordo com a empresa, a maioria desses serviços não é regulamentada e pode ser usada anonimamente.

Criptomoeda própria do Sberbank

Ainda segundo a reportagem da Reuters, esta não será a primeira vez que o Sberbank se envolve com criptomoedas.

O banco está trabalhando em uma criptomoedas própria, a Sbercoin, que seria como uma stablecoin. A iniciativa é resultado de uma parceria entre o banco e o JP Morgan. No entanto, ainda não se sabe se a moeda digital será lançada, de fato, após os conflitos.

Além disso, o Sberbank disse que usaria a tecnologia blockchain para permitir que empresas emitam seus próprios ativos digitais. Também será possível comprar os ativos emitidos no sistema do Sberbank e fazer outras transações com criptoativos.

O Sberbank não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters sobre o Sbercoin.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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