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“Máfia” do Tether controla 80% dos fundos da stablecoin; Investidores devem se preocupar?

Os críticos às criptomoedas há muito acusam a indústria de conluio. Um artigo recente da agência de notícias Bloomberg que fala sobre a “máfia do Tether” controlando a oferta do ativo, fez pouco para acalmar esses medos.

De acordo com a ferramenta CoinMetrics, existem 318 endereços que possuem US$1 milhão ou mais em Tether (UDST). E, no total, essas contas representam US$3,3 bilhões, ou seja, 80% da oferta total da stablecoin.

Controvérsias relacionadas ao Tether

Desde o seu lançamento em 2015, a Tether tem estado sujeita a inúmeras controvérsias. Tudo isso se resume à transparência da organização em suas transações, principalmente em suas reservas reais de USD (o Tether é uma stablecoin que se diz estar pareada com ativos tradicionais, entre eles o dólar).

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E, apesar da admissão de um déficit considerável nas reservas em USD e da investigação em andamento pela Procuradoria Geral de Nova York (NYAG), as transações de Tether continuam a representar uma grande fatia do volume diário total. E permanece até hoje como a stablecoin número um do mercado com uma margem significativa.

Steven Ehrlich, COO da Wall Street Blockchain Alliance, faz uma comparação da Tether a tecnologia Teflon, em que, independentemente das controvérsias, nada adere (ou queima o filme da tecnologia, em outras palavras).

O que aconteceria se o USDT desaparecesse amanhã?

A questão é que os comerciantes podem e devem continuar a ignorar o risco. Especialmente considerando que uma única entidade pode conter mais de um endereço. Significando que o escopo para manipulação de mercado, pela “máfia do Tether” é mais alto do que os dados sugerem.

E enquanto a NYAG ainda tem que relatar qualquer coisa definitiva, caso eles encontrem evidência indiscutível de fraude envolvendo a Tether e a Bitfinex, não há dúvida de que o Bitcoin pode sofrer consequências. E por extensão, o mesmo aconteceria com o restante do mercado de criptomoedas.

Conforme mostra o artigo da News BTC, na pior das hipóteses, um comentarista enxerga um colapso de todo o mercado. Com os comerciantes saindo em massa para minimizar as perdas. Ele disse:

“Se o choque for suficientemente ruim, seria razoável esperar uma reprecificação dos criptoativos que poderiam levar aos preços de volta aos níveis de 2016 ou 2015.”

No entanto, outros têm uma visão mais pragmática. O analista Sylvain Ribes acredita que os investidores seriam sensatos em considerar a possibilidade de as autoridades fecharem a Tether. Mas mesmo que isso acontecesse, os investidores não deveriam ter medo do resultado.

Isso ocorre porque o impacto da liquidez da Tether sobre o Bitcoin tem sido bastante exagerado pelas principais ferramentas, incluindo a Coinmarketcap. Ribes disse:

“De fato, a liquidez do Bitcoin é amplamente distribuída além do USDT e, importante, entre as exchanges, garantindo que o mercado permaneça estruturalmente similar e sólido.”

Como tal, enquanto os preços podem regredir no curto prazo, Ribes não espera que um único player afete todo o mercado agora, ao contrário dos dias da MT. Gox Ele concluiu:

“A influência da Tether na liquidez do Bitcoin prova ser em grande parte uma fantasia.”

Leia também: Juiz adia decisão sobre caso da procuradoria de Nova York contra Bitfinex e Tether

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Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.

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