Um juiz de Nova York resolveu adiar sua decisão sobre se a Bitfinex e a Tether Limited precisam entregar documentos ao escritório da Procuradoria-Geral de Nova York (NYAG), informou a Coindesk nesta segunda-feira, 29 de julho.
Segundo a matéria, o juiz Joel M. Cohen da Suprema Corte de Nova York disse que precisava de mais tempo para tomar uma decisão final sobre descartar ou não todo o caso da NYAG ou rejeitar apenas o pedido feito à Bitfinex e à Tether. Em virtude do adiamento da decisão, uma liminar preliminar que ele apresentou em maio será prorrogada, provavelmente por 90 dias.
“Eu vou prorrogar a liminar. Se eu rejeitar o caso, obviamente a liminar será revogada junto com ele. Se eu não descartar o caso, a liminar será estendida”, disse Cohen, acrescentando que “a ideia é manter as coisas onde estão até a decisão final, então decido por estender a permanência e estender a liminar.”
A liminar prorrogada indica que a Bitfinex e a Tether podem continuar a exercer suas atividades normalmente, mas a Tether continua proibida de emprestar mais fundos para a Bitfinex.
O caso
Conforme relatado pelo CriptoFácil, o escritório da Procuradoria Geral de Nova York (NYAG) está investigando as alegações de que a Bitfinex encobriu a perda de quase US$1 bilhão em fundos de clientes tomando emprestado das reservas da Tether. A Bitfinex teria encoberto uma perda de US$850 milhões e a NYAG está tentando obter documentos relativos ao empréstimo.
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Embora o caso esteja em andamento desde abril, a audiência de segunda-feira girou principalmente em torno do fato de a NYAG ter autoridade para conduzir sua investigação.
A Tether, que compartilha executivos-chave e proprietários com a Bitfinex, sustenta que a decisão da empresa de estender uma linha de crédito de US$900 milhões à Bitfinex foi negociada por equipes independentes de advogados e não reflete um encobrimento.
Na segunda-feira, os advogados da Bitfinex e da Tether argumentaram que o escritório da NYAG não tinha jurisdição pessoal sobre as próprias empresas ou sobre o assunto. A procuradoria, por sua vez, argumentou que possui jurisdição suficiente para investigar se algum dano foi causado aos residentes de Nova York.
“A [ação] 354 é destinada a ajudar e agilizar nossa investigação”, disse John Castiglione, advogado sênior de fiscalização do escritório da NYAG.
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