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Lobo de Wall Street alerta investidores contra a próxima armadilha: o Bitcoin

Jordan Belfort, ex-famoso corretor da bolsa de valores de Nova York, passou quase dois anos na prisão por enganar investidores e virou uma lenda no mercado financeiro mundial, principalmente após sua história ser contada no cinema. Recentemente, o investidor, também conhecido como “o Lobo de Wall Street”, resolveu alertar para o que acredita ser o próximo perigo: o Bitcoin. Belfort não tem dúvidas: a criptomoeda é a próxima armadilha que poderá deixar alguns investidores sem dinheiro.

“Eu era um golpista. Eu sabia como funcionavam os golpes, e é exatamente o que está acontecendo com o Bitcoin”, disse ele à agência de notícias CNBC em um documentário exibido nesta segunda-feira, 27 de agosto.

Belfort administrava uma corretora de balcão em Long Island, chamada Stratton Oakmont, e, em 1999, declarou-se culpado por manipular investidores para comprar ações que acabaram se revelando inúteis. A história do ex-corretor foi retratada no filme “O Lobo de Wall Street”, de 2013, dirigido por Martin Scorcese e com Leonardo DiCaprio no papel de Belfort.

Para manipular os mercados, Belfort destacou a necessidade de demanda. “De volta ao dia”, ele tinha um exército de pessoas andando por todo o país e o mundo persuadindo as pessoas a comprar ações que ele iria “largar” e lucrar com esse processo, em detrimento dos compradores.

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Na era da internet, essa tática de manipulação de mercado tornou-se mais fácil. A angariação de fundos através das criptomoedas, conhecida como oferta inicial de moedas (ICOs, na sigla em inglês), em muitos casos, acabou por revelar-se uma fraude e tornou-se alvo de investigações da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês). Google, Facebook e Twitter proibiram a publicidade de ICOs em suas plataformas – o Facebook recentemente reviu sua política para deixá-la mais amigável ao mercado.

“Essa coisa vai evaporar como uma miragem”, disse Belfort. “Há muitas pessoas realmente honestas que serão abatidas.”

O Bitcoin é frequentemente descrito como anônimo porque as pessoas não precisam fornecer nenhuma informação de identificação para enviar ou receber a moeda. Embora as transações sejam registradas em um livro público, elas são listadas sob um código alfanumérico conhecido como “chave pública”, o qual torna as transações visíveis, mas não revela a identidade das partes envolvidas nelas.

Belfort disse que a estrutura anônima é justamente um motivo de preocupação.

“Não é que o Bitcoin seja uma farsa, mas sua natureza permite que fraudes ocorram”, disse ele em outra entrevista no programa Power Lunch, da CNBC. “É um mercado obscuro, não se pode ver o que está acontecendo nos bastidores. As pessoas mergulham nisso e o usam para arrancar dinheiro de outros.”

Ele previu que o sistema do Bitcoin poderia fracassar durante esse ano, e quando isso acontecer, será “um som de manada ouvido em todo o mundo”.

Belfort também desafiou a segurança do Bitcoin e a ideia de que ela poderia eliminar a necessidade de bancos centrais, bem como o argumento de que os governos permitiriam uma moeda anônima sem regulamentação.

“Os bancos centrais não querem isso, eles gastaram todo esse tempo tentando combater a lavagem de dinheiro, por que agora permitir algo que é anônimo, e se torna a lavagem de dinheiro mais fácil?” ele disse. “Eu não acredito que haja qualquer chance no mundo que eles deixem isso acontecer.”

Belfort está em boa companhia. Líderes corporativos, incluindo Jamie Dimon, Ray Dalio e Bill Gates, desafiaram a validade do Bitcoin, e Warren Buffett chamou-o de “veneno de rato ao quadrado” antes da reunião de acionistas da Berkshire Hathaway, em maio deste ano.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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