Economia

Liechtenstein vai adotar Bitcoin como forma de pagamento por alguns serviços estatais

O principado de língua alemã Liechtenstein, localizado entre a Áustria e a Suíça, tem planos para adotar o Bitcoin (BTC) como forma de pagamento por alguns serviços estatais. Foi o que afirmou o primeiro-ministro Daniel Risch ao diário de negócios alemão Handelsblatt em entrevista.

Contudo, ele não forneceu uma data de quando isso irá ocorrer, tampouco disse por quais serviços os cidadãos poderão pagar com a criptomoeda

“Uma opção de pagamento com Bitcoin está chegando”, disse o também ministro das finanças de Liechtenstein na entrevista no domingo (7).

Liechtenstein adota Bitcoin

De acordo com uma reportagem do portal alemão, Risch informou que o país planeja aceitar os depósitos em Bitcoin para pagamentos e trocá-los imediatamente pelo franco suíço, a moeda nacional. Isso será feito para reduzir os perigos associados às taxas de câmbio. Ou seja, a princípio, o governo não manterá o Bitcoin em seus cofres.

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No entanto, Risch disse que está aberto a investir as reservas do estado em Bitcoin no futuro. Ele ponderou, contudo, que as criptomoedas ainda apresentam certo risco. Portanto, o país não tem planos de tornar o BTC uma moeda de curso legal ao lado do franco, a exemplo do que fez El Salvador.

“As criptomoedas como o Bitcoin ainda são muito arriscadas. Mas essa avaliação pode mudar, é claro”, disse Risch.

A abordagem de Liechtenstein, se adotada de fato, seguirá os exemplos de regiões suíças como Zug e Lugano. Lá, onde os cidadãos já podem pagar impostos ou serviços do governo com o Bitcoin.

Lei dos Tokens

Vale destacar que ainda em 2019 o governo de Liechtenstein, considerado por muitos como parte integrante da expansão do “Cripto Vale” Suíço, adotou uma lei a fim de esclarecer o ambiente regulatório para as empresas de ativos digitais.

A “Lei dos Tokens”, aprovada por de forma unânime pelo parlamento na época, transformou Liechtenstein em um local seguro para prestadores de serviços que operam com moedas digitais. Desde então, várias empresas diferentes com foco em criptomoedas se estabeleceram no país. A lista inclui, por exemplo, a exchange de criptomoedas Bittrex e o provedor de infraestrutura de cripto Lirium.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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