O cofundador da empresa de blockchain Paxos, Ray Youssef, anunciou o lançamento de uma plataforma de negociação de criptomoedas P2P (peer-to-peer) chamada Civ Kit. Trata-se, segundo ele, de um projeto que permitirá a desenvolvedores construírem seu próprio mercado:
“Criado por um grupo de pioneiros do Bitcoin, o Civ Kit é um modelo para desenvolvedores e empreendedores construírem seu próprio mercado global resistente à censura e sem permissão”, diz o site do projeto. “O Civ Kit pode ser feito e expandido para suportar qualquer tipo de negociação.”
Negociação de criptomoedas
Conforme afirmou Youssef em entrevista ao The Block, o “mercado imparável” permitirá que qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, compre e venda seus Bitcoins por meio da solução Lightning Network e do Nostr, um protocolo de mídia social descentralizado.
A plataforma prioriza a privacidade e a segurança dos usuários por meio de oráculos know-your-peer – KYP (conheça seu par), algo equivalente ao “Conheça Seu Cliente (KYC)”.
“KYC é horrível”, disse Youssef em entrevista. “As pessoas querem saber com quem estão negociando, especialmente para grandes transações. E é aí que substituímos KYC por KYP. Nós podemos começar a atribuir reputação a contas com base na natureza da atividade comercial das pessoas.”
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
O lançamento do projeto ocorre pouco tempo depois da Paxul, fundada em 2015, entrar em crise. Em primeiro lugar, a empresa de blockchain teve que a parar de emitir a stablecoin da Binance, a BUSD, pelo Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (NYDFS). Isso ocorreu após o NYDFS iniciar uma investigação sobre as operações da empresa envolvendo o BUSD. Além disso, os cofundadores da empresa estão em meio a uma disputa judicial.
- Leia também: Do Kwon, de Terra (LUNA), pode pegar 40 anos de prisão se extraditado para Coreia do Sul
Mas e no Brasil?
Apesar disso, as atividades da empresa no Brasil prosseguem. Conforme noticiou o CriptoFácil na última semana, a empresa pretende expandir sua oferta de infraestrutura para negociação de criptomoedas no Brasil do tipo “cripto as a service” (CaaS).
Além disso, a Paxos também almeja ampliar o volume de negócios com os clientes brasileiros através de uma parceria com a Mastercard. Em outubro de 2022, a fintech firmou uma parceria com a empresa para ajudar bancos a oferecer negociação de ativos digitais. A ideia é que a Mastercard atue como uma “ponte” entre os bancos. Enquanto isso, a Paxos lida com a parte de conformidade e de segurança das operações.