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Líder de suposta pirâmide de Bitcoin é alvo de tentativa de homicídio em SP

O acusado de liderar o suposto esquema de pirâmide financeira Arbcrypto, Eneas de Lima Tomaz, sofreu uma tentativa de homicídio na última semana. Os atiradores, dois soldados da Polícia Militar (PM), foram presos no domingo (8). O crime aconteceu em Atibaia, cidade do interior de São Paulo.

Tomaz estava em um carro da marca BMW quando foi alvejado. No entanto, como o veículo era blindado, ele não sofreu ferimentos. 

O empresário é procurado desde outubro de 2020, quando foi expedido um mandado de prisão contra ele. De acordo com as acusações, Tomaz é investigado por estelionato e organização criminosa.

A Arbcrypto, empresa da qual era sócio, se apresentava como uma organização especializada em investimentos em criptomoedas como Bitcoin.

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Para atrair investidores, os sócios prometiam rentabilidade de 2,5% ao dia, algo muito acima do praticado no mercado. No entanto, desde 2019 os clientes estão sem receber os valores prometidos. O ex-jogador de futebol Cafu atuou como embaixador da empresa.

Soldados presos por atirar em líder da Arbcrypto

Conforme noticiou o portal Ponte, os soldados presos pela tentativa de homicídio são Claudemir Bomfim Alves e Ricardo Botelho da Mota. Outros dois homens que participaram do crime também foram presos.

Segundo o boletim de ocorrência, o grupo foi detido em flagrante por dois PMs. Eles foram acionados por um funcionário do Hotel Tauá que afirmou que dois PMs queriam entrar no hotel para, supostamente, prender um hóspede.

O empresário estranhou a abordagem porque eles estavam à paisana e em um veículo comum.

Quando chegaram ao hotel, os agentes foram informados que o hóspede, Eneas Tomaz, havia deixado o local em seu carro. Em seguida, ele foi seguido por dois veículos, onde estavam os quatro suspeitos, que efetuaram 22 disparos em direção à Tomaz.

Os agentes detiveram os dois soldados, um comparsa e Felipe de Souza Torresi, que se identificou como delegado de polícia. Ele tentou interceder na prisão alegando que estava investigando o caso.

Na delegacia, Torresi disse que foi vítima de um golpe financeiro praticado por Eneas. O delegado contou que viu nas redes sociais que o empresário estaria no hotel e foi até o local para monitorá-lo.

O delegado responsável pelo caso, Sebastião Alves de Oliveira, indiciou os quatro por tentativa de homicídio e falsa identidade. Eneas Tomaz também foi preso devido ao mandado de prisão em aberto.

Arbcrypto: indícios de pirâmide financeira

Ainda em 2019, Tomaz e outros três sócios foram denunciados por pelo menos dez pessoas, incluindo Felipe Torresi, por aplicar um golpe financeiro por meio da Arbcrypto.

Em outubro de 2020, o Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu o pedido de prisão preventiva contra os quatro. As acusações eram de estelionato e organização criminosa.

De acordo com as denúncias, a empresa prometia prêmios aos clientes que convidassem outras pessoas para participar do “negócio”. Contudo, em agosto de 2019, a empresa parou de pagar os rendimentos prometidos.

Segundo a Polícia Civil, um desenvolvedor do site da empresa contou que mais de 50 mil pessoas haviam sido cadastradas na plataforma. Além disso, ele revelou que a Arbcrypto teve um faturamento superior a US$ 10 milhões.

Em abril do ano passado, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 9 milhões das contas da empresa e do embaixador do negócio Cafu.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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