Líder da Unick fala sobre contratação de hacker para derrubar sites de notícias em áudio vazado

De acordo com áudio publicado na página do Facebook chamada Desmascarando Pirâmides Financeiras no dia 25 de fevereiro, o líder da Unick Leidimar Lopes afirma em conversa com uma pessoa desconhecida que estava negociando com um hacker para tirar do ar sites de notícia que tratavam dos problemas da empresa.

Segundo Lopes, o pagamento já havia sido acertado com o hacker, para “acertar a parceria” e “ganhar junto”.

Trocando conhecimento “por algum valor”

Lopes afirma no áudio que o plano seria trocar a experiência e o conhecimento do hacker por algum valor. Ele menciona durante o áudio:

“Ele tinha como tirar isso do ar. Enfim, sites, blogs, etc. e tal. Precisamos que ele apresente para nós algumas situações, como nós já fizemos o primeiro passo e começamos essa parceria para ganhar junto. Uma parceria é sempre uma troca, nós trocamos alguma coisa por outra. Nesse caso, estamos trocando a experiência e o conhecimento dele por algum valor.”

É dito ainda pelo presidente da Unick que o hacker deveria apresentar “situações” a serem tiradas do ar, mediante o pagamento já efetuado ao hacker. As situações, de acordo com o contexto, são notícias de sites da criptoesfera noticiando sobre os problemas passados pela empresa – como o não pagamento de rendimentos e investigações em andamento, por exemplo.

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Lopes parece confiar nas habilidades do hacker contratado:

“Que ele vai conseguir tirar do ar, tenho certeza disso. Tu expos que tinha conhecimento de várias situações, então lista algumas delas e em tanto tempo ele diz que vai tirar essa, essa e essa, por exemplo. Acho que é isso que a gente precisa fazer agora.”

Não são mencionadas nos áudios quais portais seriam alvo do hacker contratado, tampouco se sabe se os ataques foram realmente realizados. O que se nota pela conversa tida entre Lopes e a pessoa desconhecida é o interesse em silenciar notícias em que problemas da empresa eram relatados.

Lopes segue preso como efeito da deflagração da Operação Lamanai, que durante sua execução cumpriu 10 mandados de prisão e apreendeu 1.500 Bitcoins.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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