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Liberland uma nação construída com Bitcoin e com sistema jurídico em Blockchain

 

Talvez Matt Clemenson e Stephen Morris, dois bilionários do universo das criptomoedas que têm buscando construir seu próprio Estado em Porto Rico com a fortuna que possuem, não conheçam Liberland, um país que “surgiu” entre a Sérvia e a Croácia, em um local o qual nenhuma das duas nações queria aquele pedaço de terra para si. O “país” ainda não tem o reconhecimento da comunidade internacional, o que não o impediu de criar uma bandeira, um brasão, uma capital (denominada Gornja Siga), um presidente, Vít Jedli?ka, e uma moeda nacional que deve ser lançada em breve: a criptomoeda Merit. Além disso, na nova “nação” também são aceitos Bitcoin, Bitcoin Cash e Ethereum.

Conforme reportado pelo The Telegraph, jornal britânico, em 2015, Vít Jedli?ka junto com três amigos fincou uma bandeira nas terras ao lado do rio Danúbio, que se estende por sete quilômetros entre a Croácia e a Sérvia, e o elegeram como presidente do local. Dali em diante, a “nação” foi ganhando corpo com o lema libertário “viver e deixar viver”.

Jedli?ka assistiu ao boom do Bitcoin, juntamente com a ascensão do Facebook, Amazon e Google, e tem certeza de que a tecnologia disruptiva pode afetar tanto os governos quanto as instituições financeiras. Em Liberland não há impostos ou controle de armas e todo sistema jurídico está sendo desenvolvido em blockchain que, entre outros, garantirá a cidadania de seus habitantes por meio de contratos inteligentes.

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Os documentos que os cidadãos têm que assinar também serão feitos através de contratos inteligentes em blockchain. Além disso, Jedli?ka planeja emitir a própria criptomoeda nacional, chamada Merit, no dia 13 de abril, que marcará o terceiro aniversário do país. Todos os contribuintes receberão Merit, o que efetivamente lhes concederá uma participação no país. Atualmente, o orçamento de Liberland é todo lastreado em criptomoedas.

O presidente Jedlicka também conduz os negócios do país de forma descentralizada e passou três anos viajando por mais de 100 países diferentes reunindo representantes para a Liberlan, que hoje possui mais de 100 legisladores que vivem em diferentes países. Além disso, mais de 500 mil pessoas já solicitaram a cidadania do “país”, que recebe visitantes diariamente.

A nação, que ainda não exatamente uma nação, também vem conquistando empresários como Roger Ver, conhecido como o Jesus do Bitcoin, que já demonstrou grande interesse por Liberland, além dele Patrik Schumacher, diretor executivo da Zaha Hadid Architects, que apresentou trabalhos de arte para a futura paisagem urbana do “país”. Jeffrey Tucker, um escritor sobre economia norte-americano e um adepto do Bitcoin, Dan Mitchell, membro do Instituto Cato, e Richard Sulik, um político eslovaco, também são defensores de Liberland.

Por outro lado, os países vizinhos, que antes não davam importância ao lugar, não têm enxergado a nova nação com bons olhos: “a situação do continente de Liberland ainda é difícil, pois a polícia croata persegue ilegalmente todos os visitantes e colonos”, salienta o presidente.

Para ser cidadão de Liberlad é necessário preencher um formulário, entre os requisitos estão o respeito por outras pessoas e suas opiniões, o respeito pela propriedade privada e um registro criminal limpo. De acordo com os dados financeiros de 2016 disponíveis em seu site, o país obteve o equivalente a US$87.040 em Bitcoin, que representa cerca de 40% de sua renda total. A estratégia financeira de Liberland descreve “quatro pilares robustos fundamentais” que são: tributação voluntária, sem dívidas governamentais, despesas mínimas do governo, sem política fiscal, e a livre concorrência de moedas que não significam monopólio de curso legal.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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