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Liberland anuncia embaixada em Dubai

Todo o hype em torno das criptomoedas e da blockchain tem feito surgir ideias de aplicação nos mais diversos campos, desde finanças à saúde, da cadeia de suprimentos à identidade digital. Entre os governos também existem pretensões de modificar aplicações tradicionais, modernizando-as com a blockchain e até mesmo com as criptomoedas.

No entanto, nenhum projeto é tão audacioso como o Liberland, um “país que surgiu” entre a Sérvia e a Croácia e que ainda não tem o reconhecimento da comunidade internacional, mas que pretende construir toda sua economia com Bitcoin, Ethereum, Bitcoin Cash e a sua criptomoeda própria, o Merit, além de buscar formular todo seu sistema jurídico e burocrático baseado em blockchain.

Há alguns dias, a nação, que ainda não é nação propriamente dita, anunciou importantes passos em sua busca por reconhecimento e Vit Jedlicka, um dos três desbravadores de Liberland e seu atual presidente, anunciou que o pretendido país assinou uma parceria com a IIMSAM – uma espécie de observador intergovernamental do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas. Como a organização é reconhecida pela ONU, a parceria abre a oportunidade de Liberland iniciar relações diplomáticas internacionais bilaterais.

Em seu anúncio, Vit destacou que os três anos de Liberland trouxeram muitos avanços e hoje são nove representações oficiais em todo o globo, em Gana, Guatemala, Guiné, Etiópia, Japão, Panamá, Arábia Saudita, Tanzânia e Tailândia, além de um escritório em Dubai e a primeira embaixada oficial em Somalilândia, uma região na Somália que é oficialmente parte do país, mas que declarou independência em 1991 e tem uma população estimada em mais de 3 milhões de pessoas.

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Agora, Liberland, que está localizada ao lado do Rio Danúbio, adquiriu o navio, o”Bitcoin Freedom”, que vai permitir que a nação tenham hospedagem para quase 100 visitantes.

“O plano é usar o navio como base para a nossa primeira sede do governo, ter um restaurante e outro espaço de coworking”, disse Jedlicka.

Liberland é sustentada por doações de seus apoiadores, entre eles Roger Ver, Jeffrey Tucker, Dan Mitchell e Richard Sulik. Recentemente, também recebeu um aporte de Yoshi Livo, que investiu cerca de 350.000 E-Guldens (EFL), algo em torno de US$42 mil.

Além de Liberland e Somalilândia, outros territórios pelo mundo reivindicam o status de nação, entre eles está Christiania, uma comunidade independente dentro da cidade de Copenhagem, na Dinamarca, que foi fundada em 1971 por um grupo de hippies, Seborga, uma terra anexada à Itália e que possui até mesmo moeda própria, Tuva, que originalmente fica na Rússia e possui cerca de 300 mil habitantes, tem presidente e língua própria, o Tuvano, e uma capital, Kyzyl.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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