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Kaspersky já bloqueou 200 mil fraudes com criptomoedas em 2022; Binance é isca mais usada

Os crimes envolvendo criptomoedas seguem em alta este ano. A empresa de segurança Kaspersky informou que já identificou e bloqueou cerca de 200 mil tentativas de roubo de ativos digitais apenas neste primeiro semestre de 2022.

De acordo com um relatório da empresa, que o TecMundo acessou, as marcas “isca” mais usadas nos golpes são a exchange de ativos digitais Binance e as carteiras cripto Electrum e MetaMask.

Conforme destacou Alexey Marchenko, chefe de pesquisa especializado em roubo de informações da Kaspersky, mensagens falsas são a principal forma de ataque:

“Fraudes usando criptomoedas já são uma realidade. Os investidores precisam ter uma atenção especial para evitá-los — especialmente as mensagens falsas. Afinal, são simples de serem criadas e exploram a desatenção e falta de conhecimento das pessoas”, disse ele.

Segundo a Kaspersky, apenas até o final do mês de abril, a empresa havia registrado mais de 50 mil bloqueios relacionados a esquemas que tentam roubar criptomoedas ou credenciais dos investidores.

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Golpes com airdrop e malware

Alguns desses golpes usam como isca os airdrops para roubar as carteiras dos usuários. O caso mais recente talvez tenha sido um airdrop fraudulento de LUNA 2.0.

Conforme noticiou o CriptoFácil, no final de maio houve um airdrop falso de token LUNA 2.0. A fraude foi identificada pela empresa de segurança em blockchain Peck Shield.

Outro tipo de golpe com cripto recorrente envolve o envio de um malware. No final do ano passado, por exemplo, um novo malware chamado Echelon, focado em carteiras de criptomoedas, foi identificado.

O malware em questão estava sendo distribuído na plataforma de mensagens Telegram via arquivo infectado e visava roubar criptoativos.

Golpes de phishing

Os golpes de phishing, quando cibercriminosos tentam se passar por organizações legítimas para roubar usuários, são os mais comuns.

De acordo com a Kaspersky, mais de 193 mil tentativas de phishing contra investidores foram bloqueadas até agora em 2022.

No mês passado, conforme noticiou o CriptoFácil, servidores Discord de projetos relacionados a criptoativos foram alvo de ataques de phishing.

Um dos alvos foi o jogo em blockchain play-to-earn (P2E) Axie Infinity. Mas o ataque também afetou projetos de tokens não fungíveis (NFTs) como as coleções Moonbirds e PROOF.

A empresa de tênis virtuais RTFKT, que fez parceria com a Nike para lançamento de um tênis virtual, também foi alvo do ataque.

Marcas mais usadas como isca

Ainda segundo o relatório da Kapersky, a empresa cripto mais usada para enganar os usuários é a Binance, com 75% dos casos. Em seguida, vêm a carteira de criptomoedas Electrum, com 10% dos casos, e a MetaMask, com 9%.

De acordo com a empresa, os apps falsos dessas marcas podem acompanhar vírus como trojan, spyware e ransonware.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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