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JPMorgan aponta fator-chave para a recuperação das criptomoedas

O valor de mercado das criptomoedas caiu 1,3% nesta sexta-feira (19) e chegou a US$ 1,17 trilhão (R$ 5,8 trilhões) e essa baixa deve se manter até que o mercado de stablecoins pare de recuar. Foi o que afirmou o JPMorgan em um relatório de pesquisa recente.

Conforme destacou o banco, alguns acontecimentos impactaram de forma negativa o mercado de criptomoedas estáveis. E este, por sua vez, impactou o setor de ativos digitais como um todo:

“Ventos contrários da repressão regulatória dos EUA à cripto, a instabilidade das redes bancárias para o ecossistema cripto e as reverberações do colapso do FTX no ano passado estão pesando no universo da stablecoin, que continua encolhendo”, escreveram os analistas liderados.

Recuperação das criptomoedas depende das stablecoins

De acordo com o relatório do JPMorgan, o mercado de stablecoins sofreu com a proibição da emissão da moeda digital estável da Binance, a Binance USD (BUSD). Conforme noticiou o CriptoFácil, em fevereiro deste ano, a Paxos, empresa parceira da Binance, anunciou que não emitiria mais a BUSD por ordem do Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (NYDFS).

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A pressão regulatória nos EUA também afetou a USD Coin (USDC), que perdeu participação no mercado. A única “vencedora” parece ter sido a Tether (USDT), que ganhou a fatia de mercado que as suas rivais perderam. Mesmo assim, o setor de stablecoins como um todo segue em relativa baixa.

As stablecoins têm um papel importante no mercado de criptomoedas por várias razões. Entre outras coisas, elas podem ser usadas como meio de troca e reserva de valor em cripto. Além disso, devido à sua estabilidade de preço, essas moedas permitem transações mais convenientes e rápidas entre diferentes exchanges, plataformas de negociação e aplicativos descentralizados (dApps).

Ao mesmo tempo, as stablecoins oferecem uma opção para os investidores e traders de criptomoedas protegerem seu capital contra a volatilidade. Isso porque, quando há incerteza ou instabilidade no mercado cripto, os usuários podem converter seus ativos em stablecoins para preservar o valor.

Os desafios para as reservas

Conforme destacou o JPMorgan, a questão do teto da dívida dos EUA teve algum impacto nas reservas das principais criptomoedas estáveis.

“A participação dos títulos do Tesouro dos EUA nas reservas das principais stablecoins vem aumentando ao longo do tempo, implicando um grande desafio para as stablecoins manterem seus pares em um cenário adverso de default técnico dos EUA”, escreveram os analistas.

Tanto a Tether quanto a Circle estão buscando diversificar as suas reservas diante dos desafios nos EUA.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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