Após dois dias consecutivos de valorização, o preço do Bitcoin (BTC) voltou a cair e caminha para fechar mais uma semana no negativo. De acordo com o CoinGecko, a maior criptomoeda do mercado opera com baixa de 1,4% nas últimas 24 horas.
Como resultado, o preço voltou a ficar abaixo dos US$ 27 mil nesta sexta-feira (19), atingindo a mínima de US$ 26.830. No Brasil, um BTC vale cerca de R$ 133 mil, operando em queda de 2% nas últimas 24 horas.
Essa desvalorização ocorre mesmo após a divulgação de dados positivos sobre a economia dos Estados Unidos, que afastam a possibilidade de uma recessão. Mesmo assim, a instabilidade quanto ao pagamento da dívida ainda causa volatilidade no mercado.
Entre as criptomoedas do Top 10, apenas as stablecoins USDT e USDC registraram ganhos (0,1% cada), ao passo que a Cardano (ADA) lidera as perdas com 2,6%. Depois vem a Solana (SOL), com desvalorização de 1,8%, e a BNB que perdeu 1,6%. Já o Ether (ETH) cai 1% e está cotado a US$ 1.807, ou cerca de R$ 9.000 na cotação atual.
O valor de mercado das criptomoedas caiu 1,3% e chegou a US$ 1,17 trilhão (R$ 5,8 trilhões), com um volume total de US$ 35,9 bilhões (R$ 178,8 bilhões). A dominância do Bitcoin ficou em 44,4% e a do ETH em 18,6%, totalizando 63% do mercado.
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EUA dá bom sinais, mas mercado cai
O principal dado que causou a queda no mercado diz respeito aos números de pedidos de seguro-desemprego nos EUA. De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, os pedidos iniciais de seguro-desemprego no país reduziram 22 mil, para 242 mil, na semana encerrada em 13 de maio.
Este número é 10 mil abaixo da estimativa do mercado, que esperava 254 mil pedidos na semana. Apesar de ser um dado positivo para o mercado de trabalho, os investidores pensam diferente. Um volume alto seria um indicativo de que a política de juros altos do Fed estaria funcionando.
Só que os números mais baixos indicam que os EUA estão longe de uma recessão. Para Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget, isso pesou mais no mercado de criptomoedas, o que justifica as quedas. Mas o analista trouxe uma notícia positiva: a possibilidade de novas mínimas diminuiu.
“Dados de pedidos iniciais por seguro-desemprego divulgados ontem e com um número abaixo do esperado mostraram que a economia norte-americana segue aquecida e que por hora não tem cabimento falar de recessão. O mercado acionário gostou e entregou uma forte alta, já o mercado cripto segue descorrelacionado, mas dentro do range de 25 a 28 mil dólares que dissemos que deveria passar a semana. A cada dia que passa está mais claro que o fundo do mercado já passou”, disse.
Por causa da queda do Bitcoin, o mercado registrou valorizações bastante moderadas. A maior alta do Top 100 foi da BGB, que subiu apenas 5%, enquanto a maior queda ficou com o token da Optimism (OP), que caiu 5,6%.
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Futuros e liquidações
Dado que a amplitude entre as altas e baixas do mercado foi de menos de 1%, os contratos futuros tiveram pouca movimentação. De fato, os volumes neste mercado caíram 3,68% nas últimas 24 horas e atingiram US$ 69 bilhões, segundo o site Coinglass.
Por outro lado, as liquidações chegaram aos US$ 81,6 milhões, alta de 16,96% nas últimas 24 horas. As liquidações de Bitcoin lideraram o dia com US$ 140 mil, seguidas do token MASK com US$ 57,3 mil em posições liquidadas.
No total, 24.852 traders foram liquidados nesses US$ 81,6 milhões, com a maior liquidação ocorrendo na OKX com um contrato de BTC/USD, que liquidou US$ 2 milhões.
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