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JP Morgan lança serviços para exchanges e anuncia Coinbase e Gemini como primeiros clientes

O JP Morgan Chase, maior banco dos Estados Unidos, anunciou que vai expandir seus serviços bancários para exchanges de criptomoedas. A notícia foi divulgada pelo Wall Street Journal na terça-feira, 12 de maio.

Primeiramente, o JP Morgan atenderá as exchanges Coinbase e Gemini nesse segmento.

O banco supostamente fornecerá serviços de gerenciamento de caixa para as exchanges e lidará com transações em dólares para seus clientes nos EUA. Além disso, ele processará transferências eletrônicas, depósitos e saques por meio da rede Automated Clearing House (ACH).

É a primeira vez que o JPMorgan aceita clientes do mercado de criptoativos. As contas da Coinbase e da Gemini foram aprovadas no mês passado e as transações estão começando a ser processadas agora.

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Procurados pelo WSJ, JPMorgan e Gemini se recusaram a comentar o assunto. A Coinbase também foi procurada, mas não deu uma resposta até a produção deste texto.

Primeiro grande banco a abraçar empresas de criptoativos

A notícia é bastante importante para o setor. Até o momento, os bancos permanecem relutantes em prestar serviços a empresas de criptomoeda, incluindo exchanges. Em agosto, o banco britânico Barclays parou de fornecer serviços bancários à Coinbase.

De fato, a decisão do JP Morgan sugere que as empresas financeiras tradicionais estão se tornando mais confortáveis ​​em trabalhar com o mercado de criptomoedas. Sob anonimato, um banqueiro comentou a decisão.

“Na minha opinião, são notícias bastante significativas. Há pouco negócio em taxas associadas ao processamento de pagamentos por transferência bancária e ACH, eu esperaria que houvesse outros benefícios associados ao JPM de quaisquer serviços bancários associados, colaboração adicional com ambas as empresas. Há um potencial para (o JP Morgan) gerenciar qualquer IPO futuro ou até distribuir um ativo como a JPM Coin em qualquer uma dessas plataformas.”

Adicionalmente, o banqueiro disse que a notícia ecoará em toda Wall Street e poderá abrir as portas de mais bancos para empresas de criptoativos.

“A notícia de Paul Tudor Jones deu aos fundos de hedge macro uma justificativa para olhar para o Bitcoin. Nesse sentido, o JP Morgan oferecer serviços para exchanges significa muita credibilidade para esse mercado.”

Do desdém ao estudo

De forma surpreendente, a notícia marca mais um ponto de virada no banco em relação aos criptoativos. Em 2017, o CEO do JP Morgan, Jamie Dimon, chegou a afirmar que o Bitcoin era uma “fraude”. Todavia, a declaração não pegou bem no mercado, e o CEO se desculpou posteriormente.

Cinco meses depois, o banco revelou da JPM Coin, a sua criptomoeda própria. A criptomoeda foi anunciada com o objetivo de aumentar a eficiência na liquidez de três das operações do banco.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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