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Jamie Dimon afirma que o banco JPMorgan utilizará blockchain “para diversas funções”

Ele parecia sumido da mídia após suas declarações ácidas sobre o Bitcoin, mas agora está de volta aos holofotes. De acordo com o portal de notícias Cointelegraph, durante uma entrevista para a edição de julho da prestigiada revista Harvard Business Review, Jamie Dimon, CEO do banco norte-americano JPMorgan Chase, foi otimista em relação à tecnologia blockchain, mas evitou comentar sobre criptomoedas. Apenas limitou-se a dizer que os aplicativos de pagamento fiduciários possuem “o maior potencial de revolução para os nossos negócios”.

A resposta foi dada quando questionado sobre a principal ameaça competitiva à sua empresa. O presidente e CEO do JPMorgan Chase, o maior dos quatro maiores bancos dos EUA, destacou o que ele chamou de “novas formas de pagamento”. Citou especificamente PayPal, Venmo e Alipay e disse que “ essas empresas estão fazendo um bom trabalho ao incorporar serviços bancários básicos em seus bate-papos, em suas experiências sociais e nas compras”.

Embora ele não tenha mencionado as criptomoedas como uma tecnologia disruptiva, quando foi questionado sobre sua opinião na pergunta seguinte, Dimon simplesmente respondeu: “Eu provavelmente não deveria dizer mais sobre criptomoedas”, em uma alusão a um possível arrependimento de suas declarações anteriores de que o Bitcoin era uma “fraude”.

O CEO tentou argumentar utilizando as diferenças entre os ativos. “Criptomoedas não são o mesmo que moedas de ouro ou fiat, que são apoiadas pela lei, polícia, tribunais […] [não] são replicáveis, e há restrições sobre elas”. Dimon também fez questão de chamar a tecnologia blockchain de “real” e disse que o JP Morgan está “testando [blockchain] e vai usá-lo para diversas funções”. No entanto, ele não especificou quais funções serão essas. Em maio deste ano, o banco anunciou a solicitação de uma patente para um sistema de facilitação para transações financeiras baseado em uma tecnologia de livro-razão distribuído (DLT).

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Mudança de postura

Embora a posição oficial do banco sobre os ativos digitais nem sempre vá de acordo com a de seu presidente, ambas sofreram uma mudança no último ano. Em 13 de setembro de 2017, Dimon chamou o Bitcoin de “fraude” na reunião com um investidor, além de ameaçar demitir qualquer funcionário que negociasse Bitcoin nas contas da empresa.

Indo em contrário ao que Dimon disse à época, em um comunicado da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) em 27 de fevereiro, o JP Morgan apontou a criptomoeda sob a subseção “Competição” do relatório, dizendo que poderia “pressionar os preços e as taxas dos produtos e serviços do JP Morgan Chase”, ou poderia fazer com que o banco “perdesse participação de mercado”.

Em fevereiro deste ano, um relatório interno do JPMorgan também chamou as criptomoedas de “uma das faces do turbilhão inovador em torno da tecnologia blockchain”.

Já no mês de junho, Dimon amenizou o tom de suas críticas ao Bitcoin em uma entrevista dada à CNBC, na qual ele afirmou que “não desejava ser o porta-voz do Bitcoin. Apenas tomem cuidado.”.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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