Economia

Drex: Itaú e BTG fazem primeira transação entre bancos com a moeda digital brasileira

Pela primeira vez na história, duas instituições bancárias realizaram uma transação entre si usando o Drex (antigo real digital). Itaú Unibanco e BTG Pactual executaram com sucesso a primeira transferência interbancária com tokens do protótipo da moeda digital de banco central (CBDC) do Brasil

Conforme informou o Valor em reportagem publicada nesta quinta-feira (31), o sucesso da transação ocorreu porque tanto o Itaú quanto o BTG já possuem os seus “nós” validadores na blockchain Hyperledger Besu, que o BC escolheu para lançar o Drex.

André Portilho, chefe da área de Digital Assets do BTG, destacou que a vantagem da rede é que nem todos os nós precisam estar instalados para as transações funcionarem.

Os participantes dos testes precisam instalar os nós na blockchain para poderem emitir tokens dos três ativos que o Banco Central planeja tokenizar nesta etapa: moeda, depósitos bancários e títulos do Tesouro Nacional. Até agora, 10 dos 16 consórcios que participam dos testes com o Drex já instalaram os seus nós.

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Movimentação com o Drex

Ainda segundo a reportagem, a movimentação de Drex ocorreu das reservas do BTG para o Itaú e depois o caminho inverso. Toda a movimentação ocorreu em cinco segundos e de acordo com os padrões que o BC estabeleceu.

Na próxima etapa, os participantes dos testes do Drex vão testar a capacidade da blockchain de lidar com milhares de transações simultâneas. Além disso, o Banco Central vai analisar se a blockchain é capaz de manter a privacidade necessária para não ferir a lei de sigilo bancário brasileira.

Para Guto Antunes, chefe do Itaú Digital Assets, essa primeira troca na camada interbancária do real digital serviu
para tornar tangíveis operações básicas.

Conforme noticiou o CriptoFácil, o Banco Central adiou de março para maio de 2024 o prazo de conclusão dos testes atuais com o Drex.  De acordo com o coordenador do projeto, Fabio Araujo, o atraso se deu em função da inclusão de novos participantes na rede.

Araujo afirmou que o processo está demorando mais do que o esperado. Além disso, ele disse que as questões relacionadas à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estão sendo desafiadoras.

Apesar do atraso, o BC manteve a estimativa de que o Drex chegará aos cidadãos no fim de 2024 ou início de 2025.

“A gente está tendo alguns problemas, está executando o cronograma de uma forma um pouco mais lenta do que a gente tinha planejado para colocar as pessoas para dentro da rede do Drex”, disse Araujo.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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