A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) teve uma derrota contra a Grayscale na justiça envolvendo o pedido da gestora para transformar um de seus produtos em um ETF (fundo negociado em bolsa) de Bitcoin spot (à vista). Muitos enxergaram essa derrota como um avanço para que o regulador aprove, finalmente, um produto de investimento desse tipo.
No entanto, para o banco de investimento alemão Berenberg, é possível que a agência de regulação elabore argumentos alternativos para recusar ETFs de Bitcoin à vista.
Até hoje, ao rejeitar pedidos de ETF de Bitcoin à vista, a SEC alegava que os produtos não ofereciam proteção ao investidor. Além disso, mencionava casos de fraudes, golpes e lavagem de dinheiro envolvendo criptomoedas para justificar as rejeições.
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SEC buscará rejeitar ETF de Bitcoin spot
De qualquer forma, os analistas do Berenberg, liderados por Mark Palmer, escreveram em um relatório de pesquisa na quarta-feira (30) que a derrota da SEC contra a Grayscale pode ter aumentado a probabilidade do regulador aprovar “uma ou mais aplicações de ETF spot de Bitcoin”.
Conforme noticiou o CriptoFácil, no dia 29 de agosto, o Tribunal de Apelações do Distrito de Columbia apoiou a Grayscale em seu processo contra a decisão do regulador de negar seu pedido para converter o Grayscale Bitcoin Trust em um ETF. O tribunal ordenou que o pedido de revisão fosse deferido e a ordem da comissão anulada.
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A vitória não quer dizer que o fundo se tornará um ETF imediatamente. Entretanto, é um passo importante nesse sentido. Afinal, a SEC terá que revisar novamente a solicitação da Grayscale. As analistas do Berenberg ponderaram, no entanto, que a SEC também tem a opção de apelar da decisão.
Ainda assim, as ações de empresas expostas às criptomoedas subiram após a vitória legal da Grayscale. A Coinbase (COIN), por exemplo, registrou ganhos de quase 15%. Já a MicroStrategy (MSTR) subiu 10,8%.
“A aprovação de um ETF à vista seria boa para o Bitcoin. E qualquer coisa que fosse boa para o Bitcoin seria boa para a MSTR [MicroStrategy]”, disse o banco.
Enquanto isso, o preço do Bitcoin, que saltou de US$ 25.900 para US$ 27.900 no dia 29 de agosto, voltou a recuar. No momento da redação desta matéria, a maior criptomoeda do mercado está custando US$ 27.230, tendo desvalorização 0,5% nas últimas 24 horas, de acordo com o CoinGecko.