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Iota pode firmar parceria com Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC)

Embora ainda com práticas muito incipientes, já está claro que a Internet das Coisas (IoT) é uma tecnologia que tende a crescer e trazer evolução para muitas áreas de negócios. A indústria brasileira, por exemplo, pode se beneficiar dessas novas tecnologias para se desenvolver e chegar perto, ou até mesmo ultrapassar, outros mercados já avançados, como o norte-americano, por exemplo.

No Brasil, segundo um levantamento exclusivo feito pelo CriptoFácil, a Fundação Iota deve assinar um Memorando de Entendimento com a Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC) para fomentar o desenvolvimento do setor e apresentar seu DLT, o Tangle, para as empresas que integram a associação. Os detalhes da parceria ainda não foram revelados.

“A Tecnologia de Registro Distribuído proporciona o desenvolvimento da Indústria 4.0 aumentando a transparência na cadeia produtiva, rastreando de forma confiável o status e origem de todos os componentes e matérias – primas de uma planta conectada. Outro exemplo interessante de atuação das DLTs, e que vem sendo difundido pela Fundação Iota, é o suporte da sua plataforma Tangle, aàuma economia M2M ou, máquina-a-máquina, onde você pode reduzir significativamente o CAPEX necessário à implantação fabril utilizando criptomoedas para efetuar micro-pagamentos aos fornecedores dos equipamentos conforme eles são utilizados, levando em consideração uma diversidade de fatores como, por exemplo, o peso da carga e a distância percorrida por uma ponte-rolante em tempo real. É a concretização dos modelos de uso em detrimento da posse no ambiente industrial”, destacou Rafael Presa, embaixador da Fundação Iota no Brasil.

Segundo a ABINC, uma pesquisa da Fiesp mostra que o grau de conhecimento das empresas industriais brasileiras sobre a Indústria 4.0 está evoluindo. De 222 corporações entrevistadas, 154 (68%) já ouviram falar no termo e 90% têm convicção que estas novas práticas podem aumentar a produtividade industrial. Para completar, 90% dos gestores afirmam que a novidade é uma oportunidade, e não um risco. Mas com um cenário tão otimista, o que falta para as empresas brasileiras aderirem, de fato, ao modelo de Indústria 4.0?

Para Luis Viola, Diretor de Tecnologia da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), ainda há uma briga grande do estilo o que vem primeiro, o ovo ou a galinha:

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“As empresas de redes para IoT ainda estão implantando suas redes, e os fabricantes de chips para esta tecnologia ainda consideram volumes grandes para o preço cair a um nível mais competitivo. Além disso, o Governo precisa ter uma política clara de cobrança de taxas e impostos e com uma moratória nesta cobrança para a tecnologia poder decolar no Brasil, algo semelhante ao que foi feito com a evolução na tecnologia de celulares”, afirma.

Apesar de o cenário atual não ressaltar nenhuma vantagem para as companhias nacionais, a expectativa é que o ano de 2019 marque o início da arrancada. Com o arrefecimento dos efeitos da crise econômica e a expectativa de retomada dos investimentos, a Indústria 4.0 está na agenda das organizações. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que o PIB do Brasil expandirá 2,7%, impulsionada por avanço de 3% do setor e 6,5% dos investimentos.

“Em 2018 foram feitas muitas provas de conceito, mas o cenário de adoção foi baixo. Como o Brasil tem um baixo nível de automatização e eficiência operacional, a IoT propicia um grande ganho nos processos e controles, o que pode fazer a indústria brasileira despontar”, destaca Viola.

A ABINC revela ainda que de acordo com um estudo da escola de negócios IMD junto a empresas de supply chain na Europa, os cinco principais fatores críticos para o bom desempenho dos negócios até 2020 são elementos tradicionais, como estratégia e integração, vendas e operações, agilidade, eficiência e gestão. A partir de 2020, no entanto, as perspectivas mudam. Inteligência de dados, digitalização da cooperação entre fornecedores e parceiros, Internet das Coisas e Inteligência Artificial passam a ser as prioridades das empresas do segmento.

Apesar da reconhecida relevância das inovações acima para o sucesso dos negócios, o estudo aponta que a implementação da Indústria 4.0 encontra dificuldades. Em países como Coreia do Sul, EUA, Israel e Alemanha, habituados a tecnologias de ponta, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) estima em 15% o total de empresas que adotam a manufatura avançada. Ainda de acordo com a Associação, o total de empresas no Brasil que adota as tecnologias da Indústria 4.0 é de apenas 2%. Segundo a ABINC, para que as empresas do país cheguem ao patamar competitivo dos negócios de outros mercados, é necessário pelo menos uma década de esforço contínuo, “mas que devem começar a ser feitos agora”.

Leia também: Qual a diferença entre Tangle e blockchain?

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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