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Investir no exterior é essencial para qualquer investidor, afirma Fernando Ulrich

Nos últimos dias, o dólar teve uma forte queda de preço. A moeda estadunidense saiu de R$ 5,70 para R$ 5,03, deixando pessoas em dúvida sobre onde investir.

O movimento é mundial, visto que o dólar tem se enfraquecido. O índice internacional da moeda, o DYX, está nos menores níveis desde dezembro de 2014.

Evolução do índice Dólar. Fonte: TradingView

Com isso, os investidores tem buscado cada vez mais os mercados emergentes. Esse movimento tem beneficiado especialmente o Brasil, cuja moeda sofreu forte queda em 2020.

Então será que já estamos em momento de desvalorização do dólar? Ainda vale a pena manter investimentos no exterior?

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Momento é de aproveitar

Apesar da queda do dólar indicar fraqueza no exterior, ela pode ser um momento de oportunidade. Para quem não investe fora do Brasil, esta é a chance de estudar esses investimentos.

Sabemos que diversificação é um ponto-chave nos investimentos. E isso não se resume apenas à quantidade de ativos em carteira. Diversificação também é sobre escolha de moedas e jurisdições.

Como afirmou o economista Fernando Ulrich, o grande risco é manter todo seu dinheiro em uma só moeda — e um só país.

Por que investir no exterior?

De acordo com Ulrich, existem algumas razões que tornam o investimento no exterior algo essencial para qualquer investidor.

A primeira delas é a tendência de longo prazo da nossa moeda. Para Ulrich, a atual queda do dólar não reflete a diferença entre as duas moedas num período mais longo.

“No longo prazo, a tendência inevitável da moeda brasileira é de depreciação. Em um vídeo falo sobre a ‘taxa de equilíbrio de câmbio’. Como a nossa meta de inflação é sempre maior do que a americana (4% conta 2% ao ano), a tendência é o real se depreciar em relação ao dólar”, disse o economista.

Outra razão apontada por Ulrich é a oferta de investimentos. No Brasil existem muito menos empresas do que nos Estados Unidos, o que limita as opções do investidor.

Além disso, a bolsa norte-americana possui empresas de setores que sequer existem no Brasil. É o caso de redes sociais, empresas de games, biotecnologia e outros.

“Lá fora há uma quantidade muito maior de ativos, títulos de renda fixa e outras opções de investimentos no Brasil. O valor de mercado de todas as empresas listadas na B3 não chega a 1∞ do mercado global. Assim, temos muito poucas opções no Brasil”, disse Ulrich.

A instabilidade política do Brasil também é um fator que pesa a favor da diversificação internacional. Ao investir no exterior, o investidor se protege contra crises políticas ou econômicas locais.

“Instabilidade política no Brasil pode resultar em instabilidade fiscal e econômica. Se um partido mais radical ascende ao poder, pode implementar políticas intervencionistas que afete o preço dos ativos. Por sermos um país emergente, esse risco sempre está presente”, alertou o economista.

Como investir no exterior?

Para muitas pessoas, abrir uma conta no exterior é visto como muito difícil e burocrático. No entanto, hoje em dia o processo é bastante fácil.

Em algumas corretoras, o processo de abertura de conta demora menos de 10 minutos. Além disso, o envio de dinheiro pode ser feito diretamente em reais. A conversão em dólar pode ser feita direto na corretora.

Com isso, o pequeno investidor não precisa pagar altas taxas bancárias para enviar dólares diretamente. Isso torna os investimentos no exterior bastante acessíveis para quem possui menos dinheiro.

Outra forma de dolarizar seu patrimônio é através da compra de ativos cujo preço é cotado em dólar. O Bitcoin, por exemplo, tem seu preço em dólar. Ao investir em Bitcoin, o investidor garante parte do seu patrimônio em dólares.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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