Investidores estão tirando Bitcoin das exchanges como nunca antes; o que explica?

Os investidores de Bitcoin (BTC) estão movendo os seus Bitcoins (BTC) das exchanges de criptomoedas em níveis nunca antes vistos.

De acordo com um relatório da empresa de análises Arcane Research, publicado no último domingo (21), essa retirada em massa começou a ocorrer após o colapso das principais empresas de empréstimo de criptomoedas nos últimos meses. Isso inclui, por exemplo, a Celsius, a Babel Finance e a Vauld.

Segundo o texto da Arcane Research, esses colapsos, sem dúvida, prejudicaram a confiabilidade dos clientes nessas empresas. E, agora, ao que parece, pode ser que os investidores tenham perdido a confiança também nas exchanges de criptomoedas.

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“Os hodlers estão tirando o seu precioso Bitcoin das exchanges como nunca antes, após o colapso deste verão das principais plataformas de empréstimos de criptomoedas. Esses eventos, sem dúvida, prejudicaram a confiabilidade dos credores. Mas os hodlers também estão perdendo a confiança nas exchanges?”, questionou a empresa.

Como mostra o gráfico compartilhado pela Arcane, nos últimos três meses as saídas de BTC das exchanges totalizaram 280.000 BTC. Só o mês de junho registrou saídas de 119.000 BTC das exchanges. Trata-se do maior valor do ano de 2022.

Complementando os dados da Arcane Research, a Glassnode informou que o saldo de Bitcoin nas exchanges atingiu uma baixa de quatro anos. Isso deixa ainda mais claro o cenário de medo e de insegurança por parte dos usuários de cripto.

Crises de empresas cripto geram saídas de BTC

Conforme destacou a empresa, agora há 2,1 milhões de BTC nas exchanges. No entanto, esse número caiu em sete, dos oito meses de 2022.

“O ano começou com pequenos fluxos líquidos negativos nas exchanges de janeiro a abril. Mas depois teve entradas líquidas significativas em maio”, disse a empresa.

De fato, em maio houve entradas de 42.000 BTC nas exchanges. Mas essa entrada não durou muito. Isso porque, no final do mês de maio, o mercado cripto foi atingido pelo colapso da rede Terra (Luna). Como consequência disso, houve um “efeito cascata” que afetou várias empresas do setor.

Esse “contágio” se estendeu pelos meses de junho e de julho, quando alguns dos maiores tomadores de risco do mercado cripto implodiram. Entre eles estavam o fundo de hedge Three Arrows Capital (3AC) e várias empresas de empréstimo, como a Celsius.

Essas crises resultaram em saques em massa por parte dos clientes e muitas empresas não conseguiram lidar com isso. A Celsius, por exemplo, teve que paralisar os saques e abrir um pedido de falência nos Estados Unidos.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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