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Investidores da Unick organizam associação para tentar reaver valores

Investidores da Unick Forex localizados na Região do Vale dos Sinos (região metropolitana de Porto Alegre), a fim de tentar reaver suas quantias retidas na empresa agilizando os processos judiciais, organizaram uma associação que já conta com 210 membros. Segundo o portal Gaúcha ZH, a associação foi criada em 2019, e ganhou tração após a deflagração da Operação Lamanai ocorrida em outubro do mesmo ano – que culminou com a prisão do presidente da empresa, Leidimar Lopes, e alguns de seus diretores.

Integrantes em diversos estados

Segundo a reportagem, a Associação de Defesa dos Direitos dos Investidores da Unick Forex é constituída em sua maioria por membros do Rio Grande do Sul. Porém, investidores de outros estados se interessaram pela iniciativa, razão pela qual a associação conta com membros de São Paulo, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Acre.

O advogado que representa a associação, Demetrius Barreto, afirmou em uma declaração que parte do plano é agir como assistente de acusação:

“O processo criminal tem prazo para acontecer. Se você começa a ter várias pessoas pedindo habilitação no processo, isso causa tumulto processual. Posterga o tempo. Acaba produzindo a prescrição da ação penal. O tempo corre a favor dos réus. Nós (da associação) vamos entrar como assistente de acusação e por isso é interessante que o processo seja célere. Se todo mundo for entrar em ações separadas, será um transtorno para o processo.”

Visando financiar as atividades da associação, aos interessados em ingressar é cobrada uma taxa única de R$50,00, usada para locação de espaços para reuniões. A próxima ocorrerá no dia 31 de janeiro, e será realizada no Canoas Parque Hotel (Avenida Getúlio Vargas, 7.421, no centro de Canoas/RS), às 20h. A associação aceitará a entrada de novos membros na assembleia, bem como serão discutidos pontos sobre o andamento dos processos.

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A presidente da associação, que preferiu não se identificar, parece confiante:

“Tenho convicção de que vamos reaver este dinheiro. Estamos bem assessorados. Meu sentimento é ter de aguardar isso, por tempo ainda indeterminado, por enquanto. Porque dinheiro para pagar eles têm.”

Ela também afirmou que investiu R$170 mil na Unick, além de ter convencido familiares a investirem um total de R$70 mil, algo que ela lamenta ter feito. De acordo com uma integrante da associação, a advogada Cristiane Menegussi, os investidores têm vergonha de admitir para familiares e pessoas próximas que estão com valores retidos na Unick:

“A depressão é comum em muitos casos. Tem gente que não disse nem para o seu cônjuge que perdeu este dinheiro. Nesse grupo não tem só pessoas muito ambiciosas, existem pessoas que tinham sonhos e esperança de vida melhor.”

“Eu nunca falei pra ninguém que devolvia dinheiro pra alguém”

Recentemente, o CriptoFácil noticiou sobre um diálogo entre o Leidimar Lopes e um familiar, captado por meio de uma escuta obtida pelo Jornal NH. Durante a conversa, Lopes afirma nunca ter dito que devolveria valores, claramente irritado com os pedidos de saque em massa feitos pelos investidores da empresa. Ele responde ao seu familiar: “que se f… agora”.

O diálogo é repleto de desdém por parte de Lopes em relação aos investidores com valores retidos na plataforma. Ele afirma em um dos trechos da conversa:

“Por que os que continuam tão tudo certo aqui? Por que eles quiseram cancelar? Eles que vão se f… agora. Não mandei ninguém pedir cancelamento. Eu organizei a empresa pra quem quer continuar, não pra quem quer parar.”

Lopes, junto com Danter Silva (diretor de marketing da empresa) e Fernando Lusvarghi (diretor jurídico da empresa), está preso desde outubro de 2019. Ele já tentou diversos pedidos de habeas corpus para responder em liberdade, contudo, todos foram negados em diferentes instâncias.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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