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Investidor vende casa para aplicar na Genbit e não consegue sacar seus Bitcoins

A Genbit oferecia rendimentos mensais de até 15% sobre investimentos feitos com Bitcoin. Conforme noticiado pelo CriptoFácil, a empresa já foi condenada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em junho deste ano e, além disso, paralisou os saques de seus clientes. Um dos investidores afirma ter mais de R$500 mil presos na plataforma, tendo o Tribunal de São Paulo deferido o bloqueio de tal quantia nas contas da empresa.

Nesta quarta-feira, 17 de dezembro, a Folha de São Paulo publicou sobre a atual situação envolvendo a Genbit – que também é a empresa por trás da Zero10 Club, outra empresa fechada após receber uma stop order da CVM. De acordo com informações que a publicação afirma ter conseguido por meio de um grupo de WhatsApp que reúne investidores lesados, um deles chegou até a vender sua casa para investir com a Genbit – e agora não consegue sacar o valor.

Sobre a paralisação nos saques, a Genbit se defende afirmando não houve paralisação, apenas um “escalonamento” causado por “oscilações no mercado de criptoativos”. A empresa promete ainda normalizar os saques em até 90 dias.

Contudo, segundo o advogado André Bueno – que representa mais de 70 investidores da Genbit em ações movidas contra a empresa -, é provável que a empresa não tenha meios de liquidar a dívida que tem com seus credores.

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Ademais, a Genbit propôs o pagamento em TreepTokens, suposta criptomoeda criada pela empresa que era utilizada no programa de indicação de novos membros. As TreepTokens poderiam ser utilizados no mercado da empresa para adquirir bens – contudo, não possuem liquidez fora do ecossistema da Genbit.

Apesar de não possui liquidez, a Genbit promete que em 2020 as TreepTokens poderão ser trocadas por reais no ecossistema do grupo, bem como poderão ser utilizadas para comprar por meio das máquinas de cartão que estão sendo desenvolvidas e adentrarão o mercado brasileiro dentro de 60 dias.

Diego Martins, diretor da ACCrypto, comentou sobre o caso:

“O cliente fica entre acionar a empresa na Justiça ou esperar com o seu investimento retido até que a moeda de fato adquira liquidez. Ele ainda acaba virando um criminoso, por que acaba atraindo mais gente para um negócio que sabe não ter o retorno prometido, na esperança de reaver o seu dinheiro no futuro.”

Fabricio Tota, diretor de OTC da exchange Mercado Bitcoin, também falou sobre o assunto:

“Dinheiro fácil não existe. Uma proposta incrível com alto rendimento fixo e sem risco é motivo de desconfiança. Se [a corretora] pedir [indicação de] novos entrantes, desconfie.”

Safiri Felix, diretor-executivo da ABCripto, foi outra figura a se manifestar sobre o caso Genbit. Felix deu dicas de como identificar empresas que podem prender investimentos de seus clientes:

“Oferecer rentabilidade garantida e esquemas de pagamento por indicação de novos usuários são sinais de alerta.”

Leia também: Tribunal de São Paulo defere bloqueio de mais R$300 mil da Genbit

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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