A Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM) voltou a emitir uma declaração contrária às atividades da suposta pirâmide financeira de Bitcoin Zero10Club, que vem atuando principalmente no interior de São Paulo. Este é o segundo comunicado do órgão regulador contra a plataforma de investimento.
“A Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) reitera o alerta, divulgado ao mercado de valores mobiliários e ao público em geral em 26/3/2019, sobre a atuação irregular da empresa Zero10 Club e de Gabriel Tomaz Barbosa na oferta pública de títulos ou contratos de investimento coletivo relacionados à oportunidade de investimento em cotas empresariais”, diz a publicação.
Segundo a CVM, as atividades da Zero10 club são irregulares e devido ao não cumprimento de determinação anterior, terá que pagar uma multa diária de R$5 mil. A autarquia também encaminhou o processo ao Ministério Público, que investigará as atividades da empresa.
“Assim, considerando a continuidade da oferta irregular, a SRE comunica hoje, 17/6/2019, a aplicação de multa cominatória diária de R$ 5.000,00, prevista no inciso II da Deliberação CVM 813, pelo prazo de 60 dias, em virtude do disposto no art. 14 da Instrução CVM 452, aos citados na deliberação, Gensa Serviços Digitais S/A (novo nome empresarial da Zero10 Club, que também utiliza o nome de fantasia GENBIT) e Gabriel Tomaz Barbosa, totalizando multa de R$ 300.000,00 para cada um, sem prejuízo da apuração de responsabilidade pelas infrações já cometidas. (… ) A área técnica também instaurou Processo Administrativo Sancionador para apuração de responsabilidade pelas infrações cometidas. A SRE reforça ainda que os fatos foram devidamente comunicados ao Ministério Público Federal, na forma prevista na Lei Complementar n° 105/01, para a apuração dos aspectos penais das condutas.”
Uma informação exclusiva obtida pelo CriptoFácil destaca que os operadores da Zero10 têm feito pouco caso das decisões da CVM e, inclusive, alugaram um andar inteiro em um prédio comercial em Jundiaí, no interior de São Paulo. Os “líderes”, como são chamados os operadores da Zero10, são vistos chegando no condomínio com carros de luxo e roupas de grife, atraindo a atenção de outras empresas que estão no edifício.
Leia também: Suposta pirâmide de Bitcoin Zero10 Club é penalizada pela CVM