Internet Computer já caiu 90% desde seu lançamento; entenda a queda

O projeto Internet Computer (ICP) foi lançado em 11 de maio de 2021 e causou uma forte repercussão no mercado. Afinal, em menos de 24 horas após o seu lançamento, o ICP atingiu a máxima de R$ 3.000. Em termos de valor de mercado, o ICP chegou a valer mais do que o banco Itaú, maior banco privado do Brasil.

No entanto, a queda foi quase tão rápida quanto a ascensão. Mais de um mês se passou e, atualmente, o ICP perdeu cerca de 93,5% do seu valor. A queda vertiginosa levou o token a valer menos de R$ 200 reais nos preços atuais.

Coincidentemente, a via crucis do ICP ocorreu justamente durante o fim da euforia com o Bitcoin (BTC), cujo desempenho também foi negativo — embora com menor intensidade do que no caso do ICP. Contudo, como um token que parecia tão promissor declinou de forma tão acentuada?

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Projeto antigo e proposta ambiciosa

Apesar de ter ganhado destaque rapidamente, o ICP não é um projeto novo, conforme relatado pelo CriptoFácil em maio. A Fundação Dfinity, apoiadora e coordenadora do projeto, atua no chamado Internet Computer desde 2016.

Segundo a própria Fundação, o objetivo da rede é criar um computador global feito 100% em blockchain. Dominic Williams, líder do projeto, explica que o Internet Computer nasceu com a pretensão de ser uma internet pública e livre das “garras” dos grandes monopólios da tecnologia. O ICP, por sua vez, é o token que alimentará essa rede.

O Internet Computer agrega a capacidade de computação de máquinas de nós especiais, operados por partes independentes em centros de dados independentes ao redor do mundo. Esses nós atuam por meio de contratos inteligentes que, de acordo com a Dfinity, são à prova de violações.

Atualmente, o Internet Computer possui cerca de 147 nós ao redor do mundo. Porém, todos são concentrados na Europa e nos Estados Unidos. Sua taxa de criação de blocos é de 15,9 blocos por segundo, taxa que segue em evolução ao longo do tempo.

Por outro lado, o token ICP recebeu o apoio de grandes empresas. Até o seu lançamento, o projeto captou mais de US$ 25 milhões em investimentos, ou R$ 125 milhões. Um desses investidores foi a exchange OKEx, que não apenas investiu no projeto como também listou o token em sua plataforma.

Os riscos da euforia em excesso

Diante dos fatos, a queda vertiginosa no preço do ICP é bastante relevante. Ao mesmo tempo, ela não é um fenômeno isolado, mas sim o episódio mais recente de algo que já aconteceu no passado. O exemplo mais famoso é o BitConnect (BCC), token que explodiu de preço em 2017 e desabou rapidamente ao longo de 2018.

Todavia, o BitConnect revelou-se um golpe de pirâmide financeira envolvendo os emissores do token. A queda no preço do BTC em 2018 afetou as operações da BitConnect e, logo, a farsa foi descoberta. Depois que isso aconteceu, o preço do token BCC desabou a zero em questão de meses, depois de ter superado os R$ 1.500 em sua máxima.

Parte da culpa pode ser atribuída à euforia do mercado. Felipe Escudero, criador do canal BitNada, cita o excesso de euforia com o qual o Internet Computer foi recebido.

“Minha critica em relação a ICP não é sobre a proposta, desenvolvedores, blockchain, modelo de negócios nem nada do tipo. Minha critica é sobre a imposição das grandes corretoras com o preço. Os big players não contavam que o mercado iria desmoronar e derrubar o preço da moeda”, afirmou Escudero ao CriptoFácil.

Até o momento, não existem indícios de que o ICP seja uma fraude. O projeto apresenta dados sólidos, mas, aparentemente, foi lançado em um timing desfavorável. Em virtude disso, mais de 90% de queda em menos de 2 meses.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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