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Intel revela chip para mineração de Bitcoin, mas especialista critica: “pouco eficiente”

Pouco mais de um mês após anunciar sua entrada na mineração de Bitcoin (BTC), a Intel finalmente revelou seu novo chip. De acordo com o site Tom’s Hardware, o equipamento, intitulado Bonanza, teve fotos e especificações técnicas reveladas nesta segunda-feira (21).

Conforme noticiou o CriptoFácil, a Intel revelou seus planos de entrar na mineração em janeiro. Na época, a empresa afirmou que o objetivo seria dar uma alternativa mais barata e eficiente ao mercado. Só que não foram revelados detalhes a respeito do novo chip.

Agora a Intel divulgou uma lista completa com todas as especificações do Bonanza Mine. Contudo, o especialista em mineração Con Kolivas fez críticas ao equipamento. Ele classificou o chip como “bom”, mas pouco eficiente comparado com seus principais concorrentes.

Sobre o Bonanza Mine

O Tom’s Hardware, site especializado em equipamentos de computação, revelou em primeira mão tanto as fotos do chip e da mineradora quanto suas especificações técnicas. Com base nas imagens, a mineradora possui um formato similar ao de máquinas do tipo criadas por gigantes como a Bitmain.

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Além de revelar o exterior, o site trouxe fotos tanto do chip quanto das placas da mineradora. O chip recebe o nome de BMZ1 e possui um tamanho de 7 x 7,5 mm por 7 x 7,5mm. A mineradora é formada por 300 desses chips.

Por outro lado, a mineradora também é formada por uma série de micro-placas. Cada uma mede 4,14 x 3,42mm e levam um total de um total de 14,16mm^2 de silício, o que faz delas basicamente lascas do valioso metal.

Devido ao seu tamanho menor, a máquina melhora o rendimento e a capacidade de produção, no entanto exige maior capacidade de acoplamento. A Intel disse que as mineradoras possuem chips 7nm ASIC. Mas a empresa não explicou se os chips são fabricados pela própria Intel ou se são importados da TSMC, maior fabricante de semicondutores do mundo.

Cada Bonanza Mine Asic tem 258 motores de mineração, e cada motor calcula hashes duplos com base no algoritmo SHA256. A operação da máquina atinge entre 1,35 a 1,6 GHz a 75C, consumo uma média de 7,5W de energia. Os chips conseguem produzir até 137 gigahashes por segundo (GH/s).

Baixa eficiência

O lançamento da Intel consolida o aumento da concorrência no mercado, algo que sempre é bom para reduzir os custos de mineração. No entanto, a mineradora da Intel não foi recebida com entusiasmo pelo Dr. Con Kolivas, especialista em mineração.

De acordo com ele, o chip é bastante eficiente para um primeiro lançamento, mas está muito atrás de seus concorrentes. Nesse sentido, a Intel deverá investir numa nova geração do Bonanza Mine caso deseje se tornar competitiva neste mercado.

“Na qualidade de primeiro produto da Intel, (Bonanza Mine) não é tão ruim. Porém não é nem remotamente competitivo. Vindo de uma gigante como a Intel, eu esperava uma mudança realmente para melhor. A não ser que o preço seja significativamente maior do que os concorrente, não vejo alguém comprando este chip”, disse Kolivas.

A comparação com os gigantes do setor endossa essa avaliação. A Antimienr S19J Pro, fabricada pela Bitmain, possui capacidade de 104 terahashes por segundo (TH/s) em 3.068W. O mais novo modelo, o S19J XP, é ainda mais potente: 140 TH/s. No entanto, elas consomem uma grande quantidade de energia: 3.068W e ​​3.010W, respectivamente.

Claro que a Bonanza Mine ainda está na primeira geração e deve apresentar melhorias. Mas os novos contratos são para os modelos de segunda geração permanecem envoltos em mistério. E se a Intel não conseguir resolver isso, o baixo custo poderá não ser atrativo suficiente.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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