Categorias Notícias

Instituto holandês minera criptomoedas utilizando calor humano

O Instituto de Obsolescência Humana (IoHO, na sigla em inglês), com sede na Holanda, está trabalhando na implementação de um projeto de doação de calor corporal, com o intuito de transformá-lo em energia elétrica para atender atividades de mineração de criptomoedas, de acordo com um relato da jornalista Lidia Zuin para o blog da Paratti, startup brasileira.

O Instituto considera que, com o advento da tecnologia e principalmente da Inteligência Artificial muitos trabalhos que atualmente são executados pelos seres humanos se tornarão obsoletos, o que pode acarretar em uma enorme massa de pessoas desempregadas por todo o mundo.

Para o IoHO, os seres humanos estão tornando-se obsoletos e a sua proposta é, literalmente utilizar o corpo humano como bateria para a mineração de criptomoedas e com isso criar uma nova forma de trabalho. O corpo de uma pessoa adulta gera aproximadamente 100 watts sob repouso, cerca de 80% dessa energia acaba sendo desperdiçada como excesso, portanto a proposta é captar esta energia e utilizá-la no processo de mineração de moedas digitais.

“As máquinas estão nos superando. Assim como, há tempos atrás também aconteceu aos cavalos depois da invenção da máquina à vapor, os humanos também estão tornando-se obsoletos para realizar trabalhos mecânicos. Logo, os avanços na inteligência artificial também irão afetar nossas possibilidades de sermos úteis para a realização de tarefas intelectuais.”

“O IoHO explora este cenário fazendo perguntas sobre como nos reposicionaremos no papel de humanos na sociedade, particularmente em como iremos lidar com um mercado de trabalho dominado por máquinas. Nossa obsolescência irá criar um novo cenário no qual novas formas de trabalho irão emergir e florescer. Nosso objetivo é explorar, questionar e intervir nos cenários de transição.”

Para o projeto de mineração, o Instituto utiliza um traje especial que possui geradores termoelétricos que coletam o diferencial da temperatura do corpo humano e do ambiente, convertendo-o em eletricidade utilizável. Aparentemente, não há nenhum pré-requisito para se tornar um “doador”, já que os “trabalhadores” só precisam ficar deitados sem fazer nada.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

O Instituto já possui 37 “trabalhadores” que já geraram 130MWt em 212 horas trabalhadas. Esse volume de energia rendeu cerca de 17 mil moedas digitais, entre elas Vertcoin, Startcoin e Ethereum. Conforme relata Lídia, o Instituto trabalha com quatro ciclos de operações biológicas de 22, 69, 39 e 84 horas, o que significa que as 212 horas totais coletadas foram divididas em turnos de 1, 2 ou 3 horas entre 37 “trabalhadores” distintos.

Leia também: Instituições vão diminuir volatilidade do Bitcoin, afirma Goldman Sachs

Leia também: Instituto de Inovação em Blockchain é criado para orientar a indústria

Leia também: Instituto de segurança da Espanha diz que pagar com Bitcoin é mais seguro do que com cartão

Compartilhar
Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

This website uses cookies.