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Iniciativa propõe automatizar transações de Bitcoin

Enquanto a adoção do Bitcoin está em ascensão, seu protocolo não parece ter escalabilidade para suportar seu crescimento.

Isso ocorre devido ao congestionamento ocasional da rede que atrasa a confirmação da transação e gera taxas maiores. Agora, a proposta de escalabilidade do BIP-119, quer resolver esse problema.

Assim, a iniciativa vem recebendo apoio de membros da comunidade Bitcoin desde que foi publicada no ano passado por Jeremy Rubin

BIP-119

Rubin propõe aumentar a capacidade interna do Bitcoin, permitindo que um número maior de transações seja realizado com menos esforço e custo em sua emissão, implementando o comando OP_CHECKTEMPLATEVERIFY (OP_CTV).

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Essa solução, observa Rubin, pode ser feita via soft fork.

Segundo ele, o OP_CTV poderia, em primeira instância, separar as transações em lote de duas partes: uma transação de envio e outra transação de recebimento.

Isso evitaria uma transação em lote com várias saídas. Já que seria processado por meio de um link entre as duas transações. Nesse caso, a transação de recebimento tem um custo menor e também pode distribuir os fundos de forma eficiente com as várias saídas que possui.

O comando (OP_CTV), implementado por esta solução de escalabilidade, realiza essa operação de envio de fundos para vários endereços com a introdução dos convênios – ou transações acordadas – mencionados na justificação da proposta disponível no Github.

Esse recurso foi fortemente criticado no fórum BitcoinTalk por Gregory Maxwell em 2014, que originalmente propôs implementar testes de conhecimento zero (SNARK).

Mas, devido à ausência de uma linguagem de contrato inteligente mais eficiente para lidar com esse procedimento no Bitcoin, o mesmo autor descartou sua implementação.

Basicamente, os convênios são “acordos” sobre como um Bitcoin é gasto sucessivamente através de uma série de transações, além da autoridade que possui uma chave privada nas moedas em questão.

Convênios são restrições sobre como uma moeda pode ser gasta, independentemente de quem a possui. Assim, eles podem ser úteis na construção de contratos inteligentes.

Como são difíceis de implementar e existe o risco de introduzir elementos que reduzem a fungibilidade, eles não foram seriamente considerados para inclusão no Bitcoin.

Este BIP introduz um pacto simples chamado “Modelo” que abre as portas para um número significativo de usos sem risco significativo.

Bom para exchanges

Na conferência Scaling Bitcoin, onde Rubin expôs sua ideia com o nome OP_SECURETHEBAG, o autor deu um exemplo de como o comando funciona.

Assim, um lote de transações deve ser criado para criar uma transação confirmada em direção a uma segunda fase do lote e entrega final do BTC (fechamento da saída) aos destinatários.

Em teoria, a transação final executada na segunda fase (receptor) tem um custo muito baixo nas comissões da rede.

No entanto, a primeira transação do ciclo (emissor) pagaria comissões médias com base em seu peso de memória, o que seria consideravelmente menor do que o necessário para enviar todas as transações separadamente, evitando o congestionamento do conjunto de memórias Bitcoin.

Existem vários exemplos que, à primeira vista, alertam sobre a implementação do OP_CTV. Entre os principais beneficiários desta nova proposta estão as exchanges. Afinal, como custodiantes dos fundos de seus clientes, sempre há solicitações de retirada para atender.

Em tempos de alta demanda, eles podem emitir uma transação OP_CTV para otimizar esse processo, economizando comissões e despesas operacionais, evitando saturar a rede Bitcoin.

Da mesma forma, uma vez que a adoção do Bitcoin comece a se espalhar, os comerciantes que desejam fazer pagamentos ou transações com seus múltiplos fornecedores, clientes e funcionários simultaneamente, podem se beneficiar do OP_CTV.

Isso também se aplica às indústrias em torno do Bitcoin, onde, por exemplo, os pools de mineração podem distribuir de forma rápida e barata as recompensas coletadas pelos mineradores aos seus participantes.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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