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Inflação no Brasil tem maior resultado para maio em 25 anos

A taxa de inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), disparou para 0,83% em maio, conforme dados divulgados pelo IBGE. Foi o maior percentual para o mês de maio desde 1996.

Da mesma forma, o IPCA acumulado de 12 meses também subiu, atingindo 8,06% em maio. É a maior taxa acumulada desde setembro de 2016, quando atingiu 8,48%.

O resultado ficou acima da meta de inflação do Banco Central (Bacen), cujo centro é 3,75%. Há ainda uma tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, os limites são de 2,25% e 5,25%, respectivamente.

O IBGE calcula a inflação oficial brasileira com base na cesta de consumo das famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

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Energia elétrica lidera impacto no IPCA

Primeiramente, os custos com energia elétrica lideraram a alta no mês (5,37%). O impacto do setor no IPCA de maio foi de 0,23 ponto percentual.

Dos nove grupos que compõem o IPCA, oito tiveram altas no comparativo entre abril e maio. O setor de saúde foi o único a seguir na contramão, com redução de 1,19% para 0,76% de alta.

Por outro lado, Habitação foi o setor que teve maior impacto no IPCA, com 0,28 pontos percentuais dos 0,83 do índice. Em termos gerais, o custo com moradia cresceu 1,78% em maio.

A listagem abaixo, elaborada pelo Valor Econômico, exibe a variação no aumento do IPCA:

Segundo o economista Fernando Ulrich, a alta da inflação também impactou os investimentos, especialmente renda fixa. O juro real brasileiro (diferença entre a taxa Selic e o IPCA) ficou ainda mais negativo, saindo de -3,26% em abril para -4,56% em maio.

O motivo é que, apesar das elevações recentes, a taxa Selic ainda está em 3,5% ao ano, patamar historicamente baixo. Logo, o investidor que aplica em produtos atrelados à Selic está perdendo poder de compra. Em outras palavras, ficando mais pobre.

Inflação dos mais pobres dispara

Se o IPCA atingiu seus recordes, o INPC não ficou atrás. A chamada “inflação dos mais pobres” disparou 0,96% em maio, com alta de 8,9% em 12 meses. Em termos mensais, o desempenho do INPC foi o pior para o mês de maio desde 2016, quando o índice atingiu 0,98%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor mede inflação percebida por famílias com renda entre um e cinco salários mínimos mensais. Ou seja, ele tende a refletir melhor a realidade do brasileiro médio.

Alimentos tiveram o maior impacto no INPC, com alta de 0,93% em maio. Já os produtos não alimentícios registraram a maior alta individual, saindo de 0,35% em abril para 1,10% em maio.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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