Indústria de criptomoedas reduz em 90% gastos com anúncios

No ano passado, o Bitcoin (BTC) estava em seu auge, batendo recordes seguidos de preços. Ao mesmo tempo, as principais empresas cripto investiam pesado em estratégias de marketing, anúncios de divulgação e patrocínio.

A exchange Crypto.com, por exemplo, firmou parceria com o astro de Hollywood Matt Damon para estrelar um comercial da marca, na campanha “Fortune Favors the Brave”. Além disso, tornou-se a primeira empresa de criptomoedas a patrocinar a Copa do Mundo de futebol.

Enquanto isso, a exchange FTX distribuiu Bitcoin durante um jogo do Super Bowl e contratou Larry David para um comercial para a final do campeonato da NFL.

Da mesma forma, a Coinbase abriu capital na bolsa e a exchange OKX (antiga OKEx) firmou um acordo de patrocínio com o clube de futebol inglês Manchester City.

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Fim da bonança

Mas o período de bonança chegou ao fim, ao menos por enquanto. A baixa geral do mercado cripto obrigou as empresas a fazerem demissões em massa e a reduzir expressivamente os investimentos em anúncios e patrocínios.

De acordo com dados fornecidos pela empresa de inteligência de mercado e análise Sensor Tower, o marketing de criptomoedas entrou em colapso desde novembro. Na verdade, os gastos com anúncios dessas empresas caíram até 90%.

A Gemini Trust, por exemplo, gastou menos de US$ 500.000 no mês de maio com anúncios. A título de comparação, em novembro de 2021 a empresa de ativos digitais gastou US$ 3,8 milhões.

Além disso, após o recente colapso das criptomoedas, Matt Damon foi ridicularizado por causa de seu anúncio do ano passado. Na semana passada, os usuários do Twitter afirmaram que aqueles que seguiram o conselho de Damon acabaram perdendo a maior parte de seu investimento.

Larry David também foi alvo de provocações quando seu representante admitiu que a estrela de “Curb Your Enthusiasm” não sabia nada sobre criptomoedas ao filmar o anúncio.

Outras celebridades, como Kim Kardashian e Steph Curry, também ficaram silenciosas sobre o crash das criptomoedas após promoverem ativos digitais.

Além de reduzir os anúncios, a Coinbase também demitiu 1.100 funcionários – ou 18% de sua força de trabalho. Da mesma forma, Gemini, BlockFi, Crypto.com e até mesmo a brasileira Mercado Bitcoin anunciaram cortes no pessoal recentemente.

Binance na direção oposta

Contudo, uma das empresas que não “esbanjou” durante o período de alta do mercado foi a Binance.

Recentemente, em meio às ondas de demissão, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, o CZ, disse acreditar que o inverno cripto é um ótimo momento para contratar pessoas.

Na conferência Consensus 2022, CZ afirmou que a Binance está “em alta velocidade em termos de atividade de M&A [fusões e aquisições]”.

“Temos um baú de guerra muito saudável. Na verdade, estamos expandindo as contratações agora.”

De acordo com CZ, a Binance foi cautelosa com seus recursos e ficou longe de grandes gastos promocionais, diferentemente de suas principais concorrentes.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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