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Índice do Bitcoin atinge nível de “ganância” pela primeira vez em 10 meses

No mês de janeiro, o Bitcoin (BTC) se consolidou como o melhor investimento acima de tudo. De acordo com o Coinglass, o preço da criptomoeda se valorizou 39% em apenas 25 dias. Com isso, o apetite dos investidores retornou ao mercado.

A métrica que mostra o sentimento geral da comunidade em relação ao BTC é o Índice de Medo e Ganância. Nesta sexta-feira (27), o índice entrou na zona de “ganância” pela primeira vez em quase dez meses – precisamente, desde 30 de março de 2022.

Índice volta para o campo positivo. Fonte: Alternative.me.

A título de comparação, o “medo” predominou durante todo o mês de dezembro, quando o BTC estava abaixo de US$ 20 mil. Mas a partir de janeiro o sentimento gradualmente se recuperou e voltou aos patamares de otimismo.

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A volta da fome dos investidores

De acordo com o site Alternative.me, que faz a manutenção do índice, o mercado está com “medo” quando a pontuação do índice está abaixo de 50. Contudo, essa pontuação aumentou gradativamente durante o mês de janeiro.

Ao contrário da crise econômica que se alastra pelo globo, o BTC começou o ano com o pé direito e agora está próximo dos US$ 23.000, o que representa um aumento de 40% em relação 31 de dezembro de 2022.

O desempenho da criptomoeda em janeiro é o completo oposto do que aconteceu em 2022. No ano passado, o BTC caiu incríveis 75%, registrando um dos bear markets mais severos da história. A quebra de grandes empresas, como a FTX, motivou essa forte correção.

Em janeiro, o preço segue exatamente o caminho oposto. Embora o BTC esteja longe de suas máximas, a valorização do mês animou o mercado. O índice em “ganância” indica que os investidores estão otimistas com novas valorizações.

O BTC Fear and Greed Index funciona como um indicador dos sentimentos momentâneos dos investidores em relação ao ativo digital. No ano passado, o índice ficou preso no território do “medo” ou “medo extremo” por vários meses devido ao desempenho nos preços.

No entanto, o pico do ativo parece ter mudado a tendência, e hoje (27 de janeiro), a métrica apontava para 55 – “Ganância”.

Vale a pena notar que o aumento da confiança entre os investidores em criptomoedas nem sempre significa que o preço vai subir. De fato, os melhores momentos de compra costumam ocorrer quando o índice está em “Medo” ou “Medo Extremo”, já que o preço do BTC fica mais descontado.

O BTC poderia sustentar o rali?

O desempenho impressionante do BTC durante as primeiras semanas de 2023 levou alguns, a acreditar em novas valorizações. Além disso, a inflação dá sinais de que está desacelerando nos Estados Unidos, o que também é bom para o mercado.

Quase todos os anúncios dos índices de inflação dos EUA (CPI) trouxeram maior volatilidade para o BTC. Isto é, o preço da criptomoeda caía a cada novo aumento da inflação – ou quedas abaixo do esperado.

Mas em dezembro, a taxa de inflação chegou a 6,5%, bem abaixo do pico de 2022 em 9,1%. Portanto, o mercado espera que os preços continuem a cair.

Outro fator que pode afetar o desempenho do preço do BTC são as reuniões do Federal Open Market Committee (FOMC), que regula a taxa de juros. Atualmente, os juros nos EUA estão em 4,5%, maior em 15 anos, só que o FOMC pode diminuiu o aumento de juros conforme a inflação ceda.

Anthony Scaramucci, fundador da SkyBridge Capital, afirmou recentemente que o Fed vai parar de aumentar as taxas de juros quando a inflação esfriar em torno de 4 a 5%, o que supostamente estimulará uma corrida para o BTC no futuro.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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