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Um francês de 21 anos chamado Thomas Clausi foi condenado a 18 meses de prisão e a pagar uma multa de US$ 3,7 milhões por um tribunal marroquino por comprar ilegalmente uma Ferrari com Bitcoin. A sentença original, proferida pelo Tribunal de Apelações de Casablanca em outubro de 2022, foi confirmada no início deste mês, segundo o advogado de Clausi, Mohamed Aghanaj.
Clausi foi preso em 2021 por adquirir o carro de luxo usando a criptomoeda. A compra foi uma violação à lei marroquina, que proíbe a posse e negociação de criptomoedas desde 2017. Com a decisão contra Clausi, o Marrocos parece estar enviando uma mensagem a todos que pensam em usar ativos digitais.
A investigação contra o francês começou quando uma francesa residente em Casablanca vendeu a ele a Ferrari por um pagamento em Bitcoin no valor de 400.000 euros (US$ 436.600 na época). Ela apresentou uma queixa, acusando Clausi de “fraude”.
Em uma ocorrência separada, um cidadão marroquino apresentou uma queixa contra Clausi, alegando que ele havia assinado um cheque fraudulento no nome de outra pessoa, que tinha obtido em troca dos Bitcoins, para comprar três relógios. O tribunal condenou Clausi a reembolsar o proprietário dos relógios em 3.900 euros.
Embora a sentença completa seja de 18 meses, Aghanaj disse que Clausi passará pouco mais de um mês na prisão para completar sua sentença.
Apesar da postura rigorosa do Marrocos em relação ao Bitcoin, seus cidadãos parecem estar cada vez mais interessados nos ativos digitais. De acordo com o Índice Global de Adoção de Criptomoedas de 2022 da Chainalysis, o país ocupa o 14º lugar no mundo em adoção de criptomoedas, com base em cinco fatores diferentes.
Esta contradição mostra a tensão entre a regulamentação estatal e a crescente popularidade da criptomoeda. Além disso, aponta os desafios dos governantes frente ao crescimento do mercado de criptoativos e seus usos.
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