Foto: The Defiant
Arthur Hayes, cofundador e ex-CEO da exchange centralizada (DEX) de derivativos BitMEX, acredita que tanto CeFi quanto DeFi estão aqui para ficar, e ele está colocando o seu dinheiro onde está sua boca.
Para esse fim, Hayes detém o maior estoque individual de tokens GMX, de acordo com a Dune Analytics. A GMX é uma plataforma descentralizada de contratos perpétuos e o maior protocolo no Arbitrum com US$ 453 milhões em ativos bloqueados, de acordo com DeFi Llama. Nas últimas 24 horas, disparou mais de 53%.
“A GMX é a segunda maior plataforma de derivativos DeFi em volume de negociação”, disse Hayes em entrevista exclusiva ao The Defiant. “Mais importante, o tokennomics oferece um rendimento atraente, que é outra razão pela qual gosto deste token para o meu portfólio.”
Falando de forma mais ampla, Hayes disse que as exchanges centralizadas e descentralizadas estão começando a “bifurcar”, fornecendo produtos especializados para bases de usuários separadas.
“Nas plataformas CeFi, confiamos nas exchanges para proteger nossos ativos. Enquanto isso, em DeFi, os traders sempre controlam o uso de suas garantias”, disse ele.
Conforme informou Hayes, o seu portfólio é voltado para plataformas de negociação de derivativos. Isso porque, segundo ele, elas possuem um modelo de negócios superior para plataformas à vista.
“Os clientes sempre pagam pela alavancagem”, disse ele. “É por isso que, quando decidi criar minha própria plataforma de negociação de criptomoedas em 2014, concentrei-me em derivativos. E é também por isso que, quando comecei a explorar como obter uma exposição significativa ao DeFi em 2022, também segui o caminho dos derivativos.”
Como investidor, Hayes disse que espera lucrar com o crescimento de plataformas de negociação centralizadas e descentralizadas.
“Tenho uma grande participação na BitMEX. Além disso, quero ter exposição ao que acredito ser uma plataforma líder de negociação de derivativos DeFi”, disse ele.
Hayes, ex-operador do Citigroup e do Deutsche Bank, tornou-se um importante influenciador no mercado de criptomoedas. Ele tem o ar do fora da lei depois de se declarar culpado de violar uma lei bancária dos EUA em conexão com sua administração da BitMEX.
Com cerca de 400.000 seguidores no Twitter e no Medium, os escritos de Hayes se tornaram uma estrela-guia para os jovens traders de criptomoedas. Suas postagens tendem a ser uma mistura de reflexões filosóficas e observações de mercado, com uma pitada de suas atividades de alta octanagem lançadas em boa medida. Em um post recente intitulado “Be Present”, Hayes descreveu seu amor pelo esqui, por exemplo.
“Não há nada como um snorkel em pó profundo”, escreveu ele. “Pegue uma floresta densamente compactada, adicione um terreno íngreme e jogue alguns metros de neve fresca, e eu estou no céu. Mas, embora essa configuração me traga pura alegria, não é isenta de riscos.”
Quanto à GMX, a carteira de Hayes é a quarta maior com 200.580,22 tokens, valendo mais de US$ 14 milhões. O maior detentor de GMX é a ponte cross-chain Synapse, seguida pelo pool GMX/WETH no Uniswap e uma carteira GMX contendo tokens adquiridos.
Para efeito de comparação, a Binance, a principal exchange centralizada em volume, detém quase 195.000 GMX em nome de todos os seus clientes. A GMX desafiou o mercado de baixa de 2022 como um dos projetos que oferece “rendimento real” aos usuários em troca de bloquear seu token nativo.
Ao contrário das ofertas de rendimento insustentáveis e inflacionárias que impulsionaram o mercado de alta do DeFi em 2021 e 2022, os protocolos que oferecem rendimentos reais permitem que os usuários reivindiquem uma parte das receitas do protocolo, em geral na forma de ativos estabelecidos como ETH ou USDC como recompensas de staking.
“Tenho uma grande participação na BitMEX e também quero ter exposição ao que acredito ser uma plataforma líder de negociação de derivativos DeFi”, disse ele.
A GMX oferece retornos anuais de 8% para os stakers, com recompensas pagas na forma de Wrapped Ether e GMX.
GMX experimentou forte volatilidade no ano passado. O token disparou de US$ 12 em setembro de 2021 para US$ 58 em janeiro de 2022, antes de cair para US$ 12 em junho do ano passado, de acordo com o CoinGecko.
Mas o GMX aumentou 500% nos últimos sete meses. O token mudou de mãos pela última vez por US$ 70 depois de registrar um recorde histórico de US$ 77 em 4 de fevereiro.
Hayes comprou os tokens entre 3 de março de 2022 e 7 de setembro de 2022 a um preço médio de US$ 28,5. Além disso, Hayes reivindicou cerca de US$ 1,4 milhão em recompensas de seu estoque de quase US$ 14 milhões de GMX. Ou seja, ele parece estar sentado em um ganho não realizado de US$ 9,3 milhões.
*Tradução do artigo “Hayes Shares Why He Loves GMX and Is Bullish on DeFi“ com autorização do The Defiant.
Aviso: O texto apresentado nesta coluna não reflete necessariamente a opinião do CriptoFácil.
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