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Hashdex reduzirá custo de fundos por meio do staking de criptomoedas

A gestora brasileira Hashdex começará a fazer staking de criptomoedas a fim de reverter os rendimentos obtidos em vantagens para os investidores de seus fundos de cripto. Staking é um serviço que permite aos detentores de criptomoedas bloquear os seus ativos em uma blockchain para promover a segurança da rede. Em troca, os “stakers” recebem recompensas em cripto.

A ideia da Hashdex é reverter essas recompensas para os fundos de cripto, reduzindo as taxas de administração e impactando, consequentemente, a rentabilidade final dos fundos. Conforme informou a Hashdex ao Valor, em alguns casos, as taxas podem ser zeradas.

Receitas de staking podem superar custos de ETFs da Hashdex

Este é o caso do fundo ETHE11 da Hashdex que tem 100% do patrimônio em Ether (ETH). De acordo com o CIO da Hashdex, Samir Kerbage, a receita gerada com o staking de ETH pode ser substancialmente maior do que os custos do ETF. Ou seja, o produto pode ter uma performance superior ao próprio Ether, que é o índice de referência do ETF. Hoje, a taxa de administração do ETHE11 é 0,7% e pode chegar a zero.

Vale destacar que nem todos os fundos da Hashdex poderão ter suas taxas reduzidas. Isso porque só é possível fazer staking em redes de “Prova de Participação” (PoS), como a rede Ethereum. Portanto, os produtos que investem em Bitcoin (BTC), por exemplo, cujo algoritmo de consenso é de Prova de Trabalho (PoW), com a mineração, não se beneficiarão do staking de tokens.

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Além disso, as novas operações só devem começar a ocorrer a partir do dia 12 de abril, quando haverá a atualização de software do Ethereum Shanghai. Com essa atualização, será possível retirar os ETH bloqueados em staking.

“Antes disso, não era possível aderir ao staking. Conforme os tokens são liberados para saques, podemos participar desse tipo de aplicação. Nossa meta é reduzir ao máximo os custos dos fundos para os cotistas”, disse Kerbage da Hashdex.

Maior ETF de criptomoedas do Brasil se beneficiará de staking

Além do ETHE11, principal ETF beneficiado pelo staking, outro fundo que poderá ver uma importante redução de taxas é o HASH11. Este é o maior ETF de criptomoedas do Brasil e o segundo maior em número de cotistas da B3.

Conforme informou a Hashdex, o staking de parte dos ETH poderá reduzir entre 40% e 80% o impacto da taxa de administração de 1,3% na rentabilidade final do fundo. Hoje, este ETF tem quase 30% do patrimônio aplicado em Ether.

Por fim, a Hashdex informou que a operação de staking depende de uma gestão complexa de liquidez. Além disso, o processo deverá levar em conta a expectativa de eventuais saques dos cotistas dos fundos. Afinal, os ETFs não podem colocar em staking todos os tokens elegíveis, pois não há liquidez imediata. Para Kerbage, dificilmente mais de 50% dos tokens elegíveis de um fundo poderão seguir para staking.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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