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Enquanto o The Merge está a dez dias de ocorrer, o Ethereum Classic (ETC) continua se beneficiando da mudança. no final de semana, a rede atingiu um poder de processamento de 48,82 terahashes por segundo (TH/s). De acordo com o site 2miners, é o maior hash rate da história do ETC.
Como resultado, o ETC, o token nativo do Ethereum Classic, se valorizou quase 12% nas últimas 24 horas. De acordo com o CoinMarketCap, o token vale US$ 36,02, ou cerca de R$ 186 na cotação em reais. Nos últimos 90 dias, o ETC se valorizou 60%, saindo de US$ 21,40 para os preços atuais.
Hashrate é o poder computacional total usado para minerar e processar transações em uma rede blockchain. Quanto maior essa taxa, mais segura uma blockchain está contra ataques externos. O aumento representa a migração dos mineradores do Ethereum (ETH) para a ETC, por causa do The Merge, que acabará com a mineração no ETH.
No mês passado, o hashrate do Ethereum Classic aumentou 62,04%, saindo de 30,08 TH/s em 6 de agosto para seu recorde histórico atual. Contudo, o crescimento dos últimos 12 meses é ainda mais expressivo, superando os 105%.
Quanto maior o hash rate, mais segura a blockchain, pois altas taxas de hash exigem um poder computacional imensamente alto para comprometer a rede. Ou seja, quem deseja atacar uma rede com alto hash rate precisa ter computadores mais potentes para isso.
E em termos de segurança, o ETC não possui exatamente um bom histórico. A rede já recebeu pelo menos três ataques de 51%, nos quais um minerador domina mais de 50% do hash rate da rede. O mais recente, em agosto de 2020, atingiu o ETC quando a rede tinha apenas 2,90 TH/s de poder.
Desde então, o hashrate aumentou 1.606%, protegendo a rede mais do que nunca. Com um hash rate maior, a possibilidade de um quarto ataque é cada vez mais remota.
Além do hash rate, a dificuldade de mineração do ETC atingiu um máximo histórico de 626,02 trilhões de hashes no final de semana. Quanto maior é a dificuldade, mais difícil é para os mineradores encontrarem novos ETC. O aumento também indica que mais mineradores estão entrando na rede.
A principal razão por trás da crescente atividade de mineração do ETC provavelmente pode ser atribuída à próxima fusão do Ethereum no final deste mês. A atualização fará a transição do ETH de um consenso de prova de trabalho (PoW) para um consenso de prova de trabalho (PoS) para reduzir sua pegada de carbono e melhorar sua eficiência.
No entanto, o novo modelo PoS substitui os mineradores pelos validadores, bem como acaba com a atividade de mineração. Por isso os mineradores estão migrando para o ETC, com o objetivo de manter parte da sua receita com a atividade.
A fusão tornará obsoleto o atual hardware de mineração implantado por empresas de mineração de criptomoedas, forçando-as a procurar alternativas como o ETC, que continua a operar sob mecanismos tradicionais de mineração.
Em julho, a plataforma de mineração de criptomoedas Antpool adicionou um apoio de US$ 10 milhões ao ETC para apoiar seu consenso via PoW.
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