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Hacks em DeFi causam prejuízo de R$ 4 bilhões apenas em 2021

O mercado de finanças descentralizadas (DeFi) foi um dos principais alvos de hackers em 2021 e violações. Até o final de julho deste ano, o número de ataques cresceu 270% em relação ao ano anterior, com US$ 474 milhões em ativos roubados. Ou seja, quase R$ 4 bilhões.

O levantamento em questão foi feito pela empresa forense de blockchain CipherTrace. De acordo com o relatório publicado nesta terça-feira (10), o valor das perdas corresponde a um recorde histórico.

Recordes de hacks à protocolos DeFi

Segundo o levantamento, as fraudes envolvendo criptomoedas em geral registraram uma queda nos primeiros sete meses do ano. No final de julho, o valor estava em US$ 681 milhões. Já em todo o ano passado foi US$ 1,9 bilhão e, em 2019, US$ 4,5 bilhões.

“A fraude relacionada ao DeFi foi responsável por 54% do grande volume de fraude de criptomoedas, enquanto a fraude relacionada ao DeFi no ano passado representou apenas 3% do total do ano.”

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Segundo os responsáveis pelo relatório, esta queda geral é resultado do amadurecimento crescente do setor e das melhorias nas infraestruturas de segurança.

Já o crescimento dos ataques a protocolos DeFi, que viabilizam transações financeiras sem intermediários, os pesquisadores atribuíram à expansão do setor:

“Não deveria ser uma surpresa que, à medida que o ecossistema DeFi se expande, o mesmo ocorre com os crimes de DeFi”, disse Dave Jevans, CEO da CipherTrace, à Reuters. 

Conforme relatou Jevans, o aumento dos hacks aos projetos também chama a atenção dos reguladores em todo o mundo.

Principais explorações em DeFi

O relatório identifica ainda dois tipos de explorações principais. O primeiro são os ataques externos e o segundo é o chamado “rug pull” (em inglês, puxar o tapete).

A expressão é utilizada quando os desenvolvedores abandonam um projeto e fogem com o dinheiro dos investidores.

Segundo a CipherTrace, a maioria dos crimes em DeFi em 2021 parece ter sido conduzida por hacks externos. Ao todo, foram US$ 361 milhões, ou 76%, de todos os crimes relacionados ao setor.

Ademais, os 24% restantes são de rug pulls, que somaram mais de US$ 113 milhões até o final de julho.

Maior hack em DeFi

Nesta terça-feira (10), o protocolo de interoperabilidade entre blockchains, Poly Network, foi vítima de um ataque que pode ser o maior da história das criptomoedas.

Os desenvolvedores informaram que o projeto foi violado por um hack que resultou na perda de US$ 600 milhões.

O analista do The Block Research, Igor Igamberdiev, afirmou que a causa da violação foi um problema de criptografia.

Conforme informou Igamberdiev, os invasores conseguiram criar uma assinatura de transação falsa para roubar os fundos.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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