Economia

Hackers ligados ao roubo de US$ 400 milhões da FTX são acusados nos EUA

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) acusou três indivíduos de roubar mais de US$ 400 milhões de uma empresa, que aparentemente é a exchange de criptomoedas FTX. De acordo com as acusações, apresentadas a um tribunal federal, os indivíduos coordenaram um ataque de troca de SIM.

Um ataque de troca de SIM refere-se ao processo de induzir, de forma fraudulenta, uma operadora a reatribuir um número de celular do cartão SIM legítimo do assinante para um cartão SIM controlado por um ator criminoso.

Dessa forma, os hackers podem usar os SIMs reatribuídos para contornar a autenticação de dois fatores. Assim, conseguem acessar as contas online da vítima, como contas bancárias, contas de mídia social e contas de e-mail.

Os três indivíduos são os estadunidenses Robert Powell, Emily Hernandez e Carter Rohn. Conforma apontou a acusação, eles realizaram vários golpes do tipo visando múltiplas vítimas. Os ataques ocorreram de março de 2021 a abril de 2023, segundo a denúncia apresentada ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Norte de Illinois.

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Detalhes sobre o ataque à FTX e outras vítimas

A denúncia não revelou o nome da exchange. No entanto, a Bloomberg informou, citando duas fontes familiarizadas com o assunto, que a FTX é uma das vítimas, listada como Empresa Vítima-1 no documento.

“Por volta de 11 de novembro de 2022, Hernandez usou uma identidade falsa com detalhes de um funcionário da FTX para convencer a AT&T a transferir a conta do celular para outro cartão SIM”, disse Bloomberg. “O suposto líder do grupo, Powell – que usa os apelidos online ‘R$’ e ElSwapo1 – usou então vários códigos de autenticação para acessar as carteiras criptografadas da FTX.”

Os promotores acusaram os três de conspiração para cometer fraude eletrônica e roubo de identidade, de acordo com a denúncia.

Ainda segundo o documento, os perpetradores acessaram a conta da AT&T de um funcionário da FTX usando identidades fraudulentas. Em seguida, eles desbloquearam as contas online da FTX, supostamente roubando US$ 400 milhões em criptomoedas.

A FTX entrou com pedido de recuperação judicial no Capítulo 11 em novembro de 2022, após uma série de acusações de obtenção de lucro com fundos de clientes por parte dos executivos.

A justiça considerou o fundador e ex-CEO da exchange, Sam Bankman-Fried (SBF), culpado de fraudar investidores da FTX no ano passado. Ele está preso e enfrentará décadas de prisão por vários crimes.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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